quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Artigos da Megafauna na Paraíba

Fóssil encontrado em Lagoa salgada, município de Areial


Megafauna na Paraíba

A Pesquisadora Mali Trevas


A historiadora Mali Trevas, também especialista em paleontologia, em fins de 1993 descobriu uma lagoa pleistocênica numa vazante próxima à fazenda Torre, no interior do município de ingá. À época realizou uma escavação de resgate recolhendo vasto material fóssil de animais gigantes há muito extintos. O material foi analisado pelo paleontólogo da UFMG, Cástor Carlelle, que reconheceu restos fósseis de dois tipos de preguiças-gigantes, uma espécie de tatu-gigante (Gliptodonte), mastodonte e toxodonte.O material ficou armazenado na prefeitura de Ingá e em 1996, Mali, através de uma parceria que conseguiu firmar entre a Prefeitura de Ingá (administração de José Iremar), a PBTur e a Fundação Casa de José Américo, desenvolveu um trabalho de restauração das principais peças para acomodar no Museu de História Natural do Ingá, que estava sendo estruturado numa sala do prédio de apoio próximo à Pedra do Ingá.Naquela oportunidade, visando transformar a Pedra do Ingá num local mais atrativo para as visitações turísticas, Mali teve a iniciativa de recriar o cenário pré-histórico da região, ornamentando o lajedo com réplicas tridimensionais, em tamanho natural, de alguns destes animais extintos que foram exumados na lagoa. Para tanto, encarregou os artistas plásticos David Renovato e Nildo Vicente a fazerem as esculturas em cimento. Os rapazes fizeram réplicas de uma preguiça-gigante, um mastodonte e um tatu-gigante por sobre o lajedo, nas proximidades do prédio de apoio de onde se acessa o monumento arqueológico.Muita gente gostou e, logicamente, outros acharam de mau-gosto. Todavia, quem mesmo detestou a idéia foi a coordenadora do curso de mestrado em pré-história da UFPE, professora Gabriela Martin. Declarando que pareciam bichos de carnaval, que não tinham nada a ver com o local e que deviam ser retirados dali imediatamente. Mali, na época mestranda em Pré-história pela UFPE e submetida à bolsa de estudo, mesmo contra vontade, não teve alternativa senão ordenar a retirado das réplicas. Na desmontagem, o modelo do mastodonte se fragmentou e as outras duas esculturas sofreram danos reparáveis.Hoje, o que restou das esculturas, estão esquecidas e empoeiradas num canto da Garagem Pública de Ingá. Estive lá recentemente e as fotografei. Olhando-as, ali, no mais completo abando, fiquei a imaginar a contrariedade que minha amiga Mali sofreu neste episódio. São boas obras de arte e a intenção era a melhor possível. Acho até deveriam ser restauradas e instaladas no Museu de Ingá, contextualizando com os fósseis de lá, para que os visitantes possam ter idéia de como eram estes animais. Não só pelo valor artístico e didático, mas também em reparação a Mali que foi uma das maiores articuladoras para o desenvolvimento do turismo, divulgação e preservação do patrimônio cultural de Ingá.Fonte: http://arqueologiadaparaiba.blogspot.com/2009/06/alegorias-do-passado.html


Lagoa de Dentro (Puxinanã)


Dois anos atrás, uma equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tinha em mãos três dentes de dois mamíferos gigantes que habitaram a região Nordeste, mas não conseguia situá-los com precisão na escala geológica. Como a busca de respostas às vezes implica a colaboração com outros especialistas, os paleontólogos procuraram um grupo de físicos da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Submetidos à datação por meio da quantidade de radiação que acumularam, os fósseis revelaram quando viveram os mastodontes e os parentes distantes do lhama, o representante americano da família dos camelos. Um dos dentes do mastodonte, animal aparentado do elefante chamado de Haplomastodon waringi, pertenceu a um indivíduo que viveu no Nordeste 49 mil anos atrás; o outro dente, a um exemplar dessa mesma espécie que habitava a região há 40 mil anos, de acordo com o estudo publicado na revista Applied Radiation and Isotopes. Já o parente do lhama - a macrauquênia ou Xenorhinotherium baiense - é um pouco mais antigo: viveu há 52 mil, como revelou o dente que resistiu ao tempo. Os fósseis estavam a cerca de 1 metro de profundidade na Lagoa de Dentro, suave depressão onde se acumulam água e pedras em Puxinanã, no agreste paraibano. Nesses locais, chamados de depósito de cacimba, esses animais matavam a sede no final do Holoceno e no início do Pleistoceno, a época que vivemos. Essa transição, marcada pela passagem de um período glacial para um interglacial, mudou a vegetação e o clima do Nordeste a ponto de levar à extinção a megafauna, que inclui essas duas espécies. Os animais da megafauna geralmente eram herbívoros. Pastavam em meio à vegetação escassa da savana que deu lugar à atual Caatinga e buscavam água nas cacimbas. "Já fragilizados pela fome e pela sede, muitos desses animais morriam ali mesmo, de inanição ou atacados por um tigre-dentes-de-sabre", diz Alcina Barreto, paleontóloga da UFPE que escavou a área com o colega José Augusto Costa de Almeida, da UFPB. "Por essa razão é que os depósitos de cacimba são ricos em fósseis de megafauna." O mastodonte era maior que um elefante atual. Tinha presas de até 1,5 metro de comprimento, voltadas para cima, andava em bandos e se alimentava de brotos, arbustos e capim. Seus dentes cresciam continuamente e eram substituídos por outros à medida que se desgastavam com a mastigação. A macrauquênia, igualmente herbívora, era um pouco maior que um cavalo atual. Na área foram identificados aproximadamente seis gêneros de mamíferos como preguiças Eremotherium lauriliardi, tatus Pampatherium Humboldti, gliptodontes Panochtus, litopternos Xenorhinotherium, hipopótamos toxodon platensis, e o mastodonte Haplomastodon Waringi.Fontes: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=7852http://www.onordeste.com.br/noticias/pparaiba25.html


Encontrados fósseis de animais gigantes no Curimataú


04/07/2005
Subindo a Serra da Caxexa, município de Casserengue, Curimataú paraibano, depara-se não só com uma bela vista, mas com riquezas pré-históricas. Foram descobertos dois sítios arqueológicos e um sítio paleontológico, este denominado pelos moradores da região como “Lagoa das Pedras”. As figuras rupestres e os fósseis de espécies da megafauna (grandes animais) foram encontrados por habitantes da região, que segundo os historiadores paraibanos, são descendentes dos índios tarairiús/tupi. Pesquisadores da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) ficaram sabendo dos achados através de moradores das comunidades rurais locais. Eles foram em busca dos sítios arqueológicos e acabaram encontrando o sítio paleontológico. Entre as ossadas encontradas, estão fósseis de preguiça gigante de mais de 10 mil anos. Os fósseis foram encontrados pelos moradores entre 1955 e 1957, quando de uma escavação de tanques feitos no granito para acumular água em épocas de seca que, ao esvaziarem em tempos de estiagem, deixaram à mostra restos ósseos desses animais que, segundo estudiosos, provavelmente tenham ficado presos no fundo ao buscarem água para beber. De acordo com o pesquisador Juvandi de Souza Santos, professor de Arqueologia e História do Brasil/UEPB, ainda hoje é possível encontrar muitos desses vestígios fósseis incrustrados nos blocos de granito provenientes das escavações realizadas para limpeza do local. Para chegar até o local tem de se andar cerca de um quilômetro e meio a pé num caminho de serra, de difícil acesso. Os pesquisadores encontraram nas escavações, fósseis de unhas de preguiça gigante encravados em rochas. Segundo a estudante de História da UEPB, Leize Regina Medeiros, falta incentivo científico para o aprofundamento da pesquisa. Os pesquisadores estão fazendo o mapeamento da área, catalogação e classificação do material encontrado. O dono da propriedade Sítio Cinco Lagoas, Antônio Feitosa Amorim da Silva, revela que muitas pessoas de fora ao tomarem conhecimento do achado levaram caminhões cheios de ossadas dos animais existentes no local. Os estudos orientados pelo pesquisador Juvandi de Souza já catalogaram um sítio arqueológico no sopé da pedra do caboclo e outro na pedra do oratório, no ponto mais alto da Serra da Caxexa. O sítio paleontológico foi encontrado próximo à comunidade do Sítio Cabeçudo. “Raramente, são encontrados fósseis inteiros”, observou Juvandi. A Serra da Caxexa está localizada no Vale do Rio Curimataú. Fonte: http://www.paraiba.com.br/noticia.shtml?14417

Sítio Paleontológico Tanque do Balanço (Prata)


24-Aug-2008 O sítio Paleontológico Tanque do Balanço - à 8 quilômetros sul da sede do município de Prata, é composto de um tanque natural de 31,61m de comprimento por 10m de largura localizado numa propriedade comunitária cedida pelo INCRA, numa altimetria de 577m, em relação ao nível do mar, que comporta restos fossilizados de animais pleistocênicos que habitaram a região a até 12 000 anos antes do presente.O tanque do Balanço é uma depressão natural em rocha granítica com formato elíptico e paredes íngremes, provavelmente formado através do turbilhamento de águas, ricas em fragmentos rochosos, que teve inicio no pré-cambriano. Sua história (do deposito da mega-fauna) está relacionada ao Pleistoceno Superior. Recentemente, uma equipe comunitária local empreendeu-se na tarefa de limpar o tanque, para aumentar seu poder de reserva de água e obtê-la em condições mais higiênicas, o que para supressa da equipe revelou a descoberta de ossos petrificados com dimensões anormais. Como se tratava de uma equipe leiga na ciência paleontológica, o material não foi resgatado com precisão, o que provavelmente danificou muitas peças, que poderia revelar com mais eficiência a ordem, gênero e espécie dos mega-mamíferos.Em novembro de 2001, a equipe do PROCA, visitou o referido tanque e constatou que o deposito sedimentar, que anteriormente se encontrava no fundo do tanque, estava depositado a poucos metros da margem direita do reservatório que ainda preservava inúmeros fragmentos fossilizados, que passaram despercebido pelos responsáveis da limpeza do reservatório. Devido ao seu valor Paleontológico e paisagístico, o local reúne boas condições para a exploração turística. fonte: http://www.prata.pb.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=22&Itemid=45

Considerações Paleontológicas da Paraíba


09-Aug-2004 O Programa de Conscientização Arqueológica- PROCA, tem seus estudos voltados principalmente para os vestígios arqueológicos paraibanos, a paleontologia, ciência que estuda os animais e vegetais fósseis, definitivamente não é o forte da instituição. No entanto, devido a grandiosa riqueza de jazidas fossilíferas no Estado da Paraíba, a falta de uma organização que se encarregue deste testemunho e, principalmente, os frequentes saques de material fóssil que ocorrem no Estado desde há muito tempo, nos vimos obrigados a contribuir, também, na preservação deste bem nacional, catalogando as ocorrências que nos são notificadas e desenvolvendo um processo de educação preservacionista junto às comunidades. O nosso programa também procura incentivar as prefeituras paraibanas no sentido de criarem museus ou mesmo depósitos públicos para armazenar as eventuais peças fósseis que tenham sido retiradas de seu contexto, numa política de manter o acervo paleontológico em seu município de origem. O termo fósseis, designa quaisquer restos ou vestígios deixados por seres animais ou vegetais, de qualquer tamanho ou natureza, que tenha vivido nas águas ou na superfície continental antes de 5.000 anos e que, após a morte, tendo sido soterrados por sedimentos, chegaram a se preservar nos mesmos, durante milhares ou milhões de anos.Ainda podemos entender como fósseis, vestígios ou marcas deixadas nas rochas por organismos pré-históricos, mesmo que hajam desaparecido todas as porções que compunham tais organismos. Inclusive seus esqueletos internos ou externos. Assim, são considerados fósseis, as impressões da forma externa e interna desses organismos. No município de Pedra Lavrada, na Paraíba, existe a impressão de uma planta fóssil em rocha dolomita proveniente do sítio Quixaba que encontra-se em poder da prefeitura local . As impressões de marcha ou rastejo de um organismo podem se conservar numa areia úmida ou lama, como é o caso do Vale dos Dinossauros em Souza, que também são considerados fósseis. Os fósseis são significativamente importantes para esclarecer o passado remoto do planeta e suas formas de vida. Para citar um exemplo bem próximo à nossa realidade, bastaria lembrar que os ouriços e cefalópodes fósseis encontrados nos terrenos cretáceos que compreendem o norte de Recife e sul de João Pessoa, em rochas hoje constituindo terra firme e distanciadas cerca de 20km do mar atual, indicam que na época em que viviam tais animais, ou seja há aproximadamente 75 milhões de anos, as nossas praias ocuparam posição bem mais ocidental que hoje. Em outras palavras, o mar cobria a região agora continental onde são encontrados tais ouriços e cefalópodes fósseis.Toda o território da Paraíba é extremamente rico em restos ósseos de grandes mamíferos que viveram no período pleistoceno e desapareceram há cerca de 10 ou 12 mil anos. Segundo os estudos do geólogo e paleontólogo José Augusto Almeida da UFPB, na época em que estes estranhos animais viviam na região, a paisagem era parecida com uma savana, com árvores ricas em folhas, campos de gramínias e muitos corpos de água para sanar a sede de tantos e avantajados habitantes. A extinção desta fauna estaria relacionada a escassez alimentar, provocada por uma gradativa mudança climática, que, ao longo de milhares de anos, tem deixado a região cada vez mais seca. Desde o século XVIII são registrados achados de ossos fósseis, os primeiros estudos de fósseis na Paraíba foram iniciados em 1796, quando o naturalista Manuel Arruda da Câmara encontrou o fóssil de um mastodonte e tornou o Estado o pioneiro na paleontologia no país. Testemunhos da fauna pleistocênica, soterrados em tanques de pedra ou antigas lagoas do interior paraibano. São bizarros esqueletos que tem chamado a atenção de muitos pesquisadores interessados nos estudos de animais extintos. Os fósseis de mamíferos pleistocênicos geralmente são verificados em depósitos de sedimentos, aprisionados em depressões implantadas nas zonas de fraqueza das rochas cristalinas, as quais denominamos de tanques, ou no sedimento de fundo de lagoas secas. Tais descobertas, geralmente se dão quando se faz a limpeza destes tanques para aumentar sua capacidade de armazenamento de águas meteóricas ou quando se cavam pequenos açudes e cacimbas em locais onde existiram lagoas no passado. Estes esqueletos, quando encontrados em tanques, geralmente apresentam apenas fragmentos ósseos, quebrados e desgastados por sofrerem remanejamento de águas torrenciais, enquanto os encontrados em fundos de lagoas, apresentam sua formação quase intacta. Em muitos pontos do planeta desenvolveram-se animais de tamanho colossal a partir do período cretáceo, quando os répteis deixaram de existir e os mamíferos assumiram a hegemonia, mas na América do Sul, surgiram formas de vida especialmente extravagantes. Sabe-se hoje que durante 70 milhões de anos a América do Sul foi uma ilha na qual as espécies aborígines evoluíram isoladas do resto do mundo. Quando o istmo do Panamá se ergueu, deu-se a grande migração do Pleistoceno, onde animais vindos do norte, ocuparam a América do Sul e vice-versa. Inúmeros testemunhos desta magnífica fauna encontra-se mineralizada nos tanques e lagoas paraibanas, muitas vezes associadas a artefatos de pedra produzidos por homens que coexistiram com esta fauna e, consequentemente, se especializaram na caça destes mega- animais.Alguns exemplares de origem sul americana mais difundidos pelo interior da Paraíba são; o Megatherium, espécie de preguiça terrícola cujos maiores exemplares atingiam 6m de altura. Há informações de que encontrou-se um crânio deste animal no município de Catolé do Rocha e muitos fragmentos de seu corpo foram identificados no sítio Manoel Justino, em Caturité; no sítio Torre, município de Ingá e no Sítio Quarenta em Boqueirão e muitas outras localidades no Estado; o Macrauchenia, um gigante quadrúpede contemplado com um pescoço de camelo e um tronco de elefante, fragmentos exemplares deste animal foram escavados no município de Taperoá; o Glyptodonte, animal dotado de uma couraça e cabeça retrátil, na Paraíba, existe um exemplar completo deste animal encravado em rocha na margem direita do riacho Gravatá, município de São Domingos do Cariri, no sítio Bravo em município de Boa Vista e sítio Balanço no município de Prata, foram resgatados pedaços fósseis de sua carapaça ; e o Toxodonte, um grotesco animal que muito se assemelha com o hipopótamo, de hábito anfíbio, seus vestígios foram encontrados no sítio Cinco Lagoas, município de Casserengue. Dentre os animais oriundos de outros continentes, na Paraíba viveram abundantemente espécies como; o Mastodonte, um parente próximo dos atuais elefantes,cujo seus restos foram resgatados na Lagoa da Capivara, município de Solânea, Lagoa de Pedra em Esperança, Tanque do Saco em Serra Branca, Cinco Voltas em Umbuzeiro, Cinco Lagoas em Casserengue e existe uma presa deste animal no acervo municipal de Pedra Lavrada e outra no município de Puxinanã; e o Smilodon, o terrível Tigre- Dente- de- Sabre, um felídeo de porte superior ao da maior onça conhecida e possuía dois caninos superiores descomunais e encurvados, que chegavam a medir cerca de 30cm de comprimento. Foi encontrado um exemplar de sua presa no município de Boqueirão, no sítio Quarenta, em meados da década de 90. Além dos inúmeros jazigos fósseis da mega- fauna do pleistoceno, a Paraíba também se mostra extremamente rica em fósseis de épocas ainda mais remotas. A exploração do calcário para o fabrico de cimento e cal no litoral paraibano, tem revelado formações cretáceas com fósseis, é registrado que já em 1889, H. G. Sumner, superintendente da Estrada de Ferro Conde d’Eu, colecionou nas pedreiras próximas a capital inúmeros exemplares, que doou ao geólogo John Casper Brenner. Entre os fósseis cretáceos paraibanos, coletados no litoral, predominam os invertebrados (crustáceos, moluscos e equinodermos). Os vertebrados, resumem-se a quatro espécies de peixe , um réptil e um Pterossauro. Quanto a fósseis de vegetais, só se conhece do cretáceo paraibano , o fruto de uma palmácea do gênero Palmocarpon, proveniente dos calcários do rio Gramane. Em algumas pedreiras calcárias situadas dentro da cidade de João Pessoa,as quais destacamos a da Fábrica de Cimento Zebu, a do Roger e a de Mandacaru, podem ser coletados fósseis tais como: dentes de tubarões referidos ao gênero Squalicorax; moluscos cefalópodes dos gêneros Pachydiscus e Sphenodiscus; moluscos lamelibrânquios dentre os quais se destaca o gênero Pinna; caranguejos do gênero Zanthopsis. Em 1954, uma escavação superficial feita na propriedade Árvore Alta, no distrito de Alhandra, município de João Pessoa, foi descoberta uma Amonite gigante, espécie de molusco cefalópode, que foi enviada ao Serviço Nacional de Produção Mineral. Da extremidade ocidental da Serra de Cuité, na camada de sedimentos que capeiam a serra, ocorrem sílica cristalizada com numerosos moluscos de uma única espécie completamente silicificados. A idade dos capeamentos é considerada cretácea. A mesma natureza de ocorrência, é verificada no sítio Canoa de Dentro no município de Pedra Lavrada. Outra ocorrência cretácea na Paraíba, certamente a mais conhecida, é o Vale dos Dinossauros, no município de Souza, uma trilha de pegadas fossilizadas na lama endurecida do fundo de uma imensa lagoa que existiu no período infracretáceo e que hoje abrange desde Souza até o município de São João do Rio do Peixe, testemunhando um intenso trânsito de grandes répteis extintos no sertão paraibano. Além destes importantes restos, a mesma rocha contém lamelibrânquios referidos ao gênero Diplodon. Apesar de existir uma legislação que visa proteger os jazigos fossilíferos brasileiros, na Paraíba, desde pelo menos o século XVIII, são saqueados os sítios paleontológicos de nosso Estado. Na maioria, senão 99% dos sítios notificados, já ocorreram saques criminosos de fósseis. As informações dos residentes locais são sempre vagas sobre os responsáveis, mas sempre surgem depoimentos de que saíram carros carregados de fósseis sem que se saiba o destino. Recentemente, obtivemos uma informação oral de que no município de Algodão de Jandaíra, um “pesquisador” teria levado um feto fóssil de Megaterium. A providência a ser tomada quando acontecer de alguém vindo de fora, querer levar fósseis de uma localidade, mesmo que ajam muitos, é não permitir sua retirada alegando que tratam-se de patrimônio da união. Caso a pessoa não se intimide, a polícia local deve ser acionada. Só é permitido a pesquisa e coleta de material fóssil em território brasileiro se for autorizada e fiscalizada pelo Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura Infelizmente, a legislação de proteção ao patrimônio fossilífero brasileiro é ineficaz, de qualquer maneira, a simples existência do decreto-lei n0 4.146, assinado em 4 de março de 1942 pelo então presidente da república, Getúlio Vargas, que estabeleceu serem os depósitos fossilíferos propriedade da Nação e passíveis de proteção, indica a preocupação histórica com os riscos de depredação a que sempre esteve submetida essa riqueza. Resta a nós, cidadãos, contribuir de forma preventiva.No município de Prata foram identificados dois sítios pleistocênicos de valor paleontológicos, ambos em tanques naturais de pedra, onde foram resgatados inúmeros fragmentos fósseis de animais mamíferos da megafauna. Um na localidade de Paraíso, onde os ossos apresentaram-se em grandes fragmentos porosos e leves, e outro nas adjacências do povoado de Balanço, onde os fragmentos fósseis mostraram-se muito fragmentados, entretanto mais consistentes e enegrecidos pelos componentes orgânicos presentes no reservatório. Fonte: Prof. Vanderley de Brito http://www.prata.pb.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4&Itemid=45

Equipe da UEPB realiza escavação arqueológica no Brejo paraibano

9 de janeiro de 2009


Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba, composta pelo professor de História e coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia – LABAP/UEPB, Juvandi Santos, pelo professor do Departamento de Biologia, Márcio Mendes, além de vários alunos da UEPB e outras instituições, realizará, entre os dias 28 e 31 de janeiro, uma atividade de escavação Arqueológica e Paleontológica, na Lagoa Salgada, no município de Areial, Brejo paraibano. O principal objetivo da atividade, além da coleta de materiais arqueológicos em superfície, será o de evidenciar, na escavação, material de animais pertencentes à mega-fauna pleistocênica, que viveram na região acerca de 8 mil anos atrás, tais como: Preguiça gigante e Mastodonte (um primo distante dos elefantes). O material coletado na escavação irá compor o acervo do Museu de Ciências Naturais da UEPB, que será instalado no antigo museu de Arte Assis Chateaubriand, no Parque Evaldo Cruz. A criação do museu está a cargo de Juvandi Santos e Márcio Mendes e tem total apoio da reitora Marlene Alves, do chefe de gabinete, Rangel Júnior, e do Departamento de Biologia da Instituição. As atividades já estão devidamente autorizadas pelo IPHAN Nacional, bem como já foi remetida ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) a solicitação das atividades, já que se trata de um local com a presença de fósseis. De acordo com o arqueólogo Juvandi Santos, as atividades de escavação em Lagoa Salgada serão abertas para que a população de regiões circunvizinhas como Puxinanã, Montadas, Areial e Campina Grande possam assistir.

Lagoa Salgada (Areial)


A Lagoa Salgada é um lagoa localizado entre os municipio de Montadas, Areial e Pocinhos, no estado da Paraíba. Inexplicavelmente, as águas dessa lagoa são salgadas quase tanto como a água do mar. Ela passa a maior parte do ano vazia, somente no período chuvoso, que vai de março a julho, é que pode ser vista com água. Devido ao sal nenhuma planta se desenvolve no local. Recentemente foram encontrados fósseis acidentalmente durante escavações feitas no local. Especula-se que seja fósseis de preguiças gigantes e mastodontes vividos dez mil anos atrás. Mas até o momento nenhum estudo foi feito.

Desde menino, seu Laudelino Tavares de Souto cansava de ouvir estórias dos pais e avós sobre o ‘Reino Encantado’ que havia na localidade rural de Lagoa Salgada, no município de Areial – região do Brejo da Paraíba, distante cerca de 30 km de Campina Grande. “Diziam que coisas estranhas aconteciam e de que havia um cemitério de animais debaixo do rio que passava em frente à minha casa”, lembra. Na época as estórias não eram levadas a sério, mas hoje parecem estar se confirmando após pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) descobrirem, numa área em frente à casa do agricultor, um sítio paleontológico que pode ser o maior já descoberto na Paraíba. O tamanho da área onde foram encontrados os fósseis tem as mesmas proporções de um estádio de futebol.
Pelo menos nove fósseis de animais pré-históricos já foram encontrados no local desde a última terça-feira, quando apareceram os primeiros achados. A descoberta será comunicada ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) do Ministério das Minas e Energias (MME) que deve determinar o isolamento geral da área. Os primeiros fósseis foram encontrados por um tratorista que fazia a escavação da nascente do Rio Mamanguape, para um projeto de revitalização do local financiado pela Petrobras. “Quando o tratorista percebeu que havia uns ossos grandes demais parou e a gente ligou para a universidade”, disse um agricultor que mora na localidade de Lagoa Salgada.

Pesquisadores do Programa de Conscientização Arqueológica da UEPB (Proca) estiveram visitando a área pela primeira vez e confirmaram a grandiosidade da descoberta. Segundo o coordenador do Proca, professor Washington Luís, os fósseis encontrados no local são de espécies da Megafauna que viveram na América do Sul há dez mil anos e tinham o costume de viver em rios e lagos. Ele acredita que os achados sejam de preguiças gigantes, tigres de sabre ou mastodontes que habitavam a área juntamente com tribos indígenas. Segundo o professor, a última descoberta deste tipo ocorrida no Estado aconteceu na década de 90, na área onde hoje está instalado o Parque do Mastodonte (próximo ao Posto da Manzuá). “É uma descoberta muito importante para nosso Estado e dependendo do que for encontrado aqui, poderemos ter um dos maiores sítios paleontológicos do Nordeste”.
A UEPB vai solicitar autorização ao DPNM para realizar as pesquisas científicas na área onde estão os fósseis dos animais. Quando os pesquisadores do Proca/UEPB chegaram ao local, já encontraram alguns fósseis danificados pelos moradores da localidade. Outras peças podem ter sido danificadas também porque a área era usada para motoristas aprenderem a dirigir carros. A PM foi acionada e ficou fazendo a segurança da área. De acordo com o biólogo do Proca, Helder Albuquerque, os moradores costumam pegar pedaços dos fósseis pensando que podem vender e conseguir dinheiro.Segundo estudiosos no assunto, a cidade de Areial tem uma nova história a partir desse descobrimento.

Fonte: JORNAL DA PARAÍBA 27/04/2006

Taxonimia do Pleistoceno na Paraíba

Haplomastodonte, foram achados seus fósseis pelo Estado.
Cena pleistocenica na Paraíba (Paleolama e um Eremotherium)


Taxonimia da Megafauna paraibana


EDENTATA- Eremotherium laurilllardi- Glossotherium sp.- Holmesina paulacoutoi- Panochthus greslebini- Panochthus jaguaribensis
CARNIVORA- Smilodon populator
LITOPTERNA- Xenorhinotherium bahiense
NOTOUNGULATA- Toxodontidae indeterminado
PROBOSCIDEA- Haplomastodon waringi
PERISSODACTYLA- Hippidion principale- Equus Amerhippus neogaeus
ARTIODACTYLA- Palaeolama major- Mazama guazoubira- Ozotoceros bezoarticus.

Bibliografia consultada: Bergqvist, 1993. Jazimentos pleistocênicos do Estado da Paraíba e seus fósseis. Revista Nordestina de Biologia, 8(2): 143-158.Bergqvist et al. 1997. Faunas-locais de mamíferos pleistocênicos de Itapipoca/Ceará, Taperoá/ Paraíba e Campina Grande/Paraíba. Estudo comparativo, bioestratinômico e paleoambiental. Revista Uniersidade de Guarulhos, Geociências, 2(6):23-32.

Tigre Dente de Sabre


O Smilodon, popularmente conhecido como Tigre-dentes-de-sabre, é um felino extinto, pertencente à subfamília Machairodontinae.
Apesar de comum, esta nomenclatura é incorrecta, porque o Smilodon não é um antecessor do tigre, nem lhe está directamente associado.
O Smilodon surgiu no Plioceno (três milhões de anos atrás), sendo provavelmente um descendente do dente de sabre mais antigo Megantereon, e viveu na América do Norte e América do Sul até há dez mil anos.
O gênero Smilodon foi descrito em 1841 pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, que encontrou os primeiros fósseis da espécie Smilodon populator nas cavernas de Lagoa Santa (Minas Gerais).
Estes felinos variavam bastante em tamanho, mas a espécie maior, sul-americana, Smilodon populator tinha exemplares que mediam mais de três metros de comprimento e pesavam cerca de 400 quilogramas, sendo maiores e mais robustos do que um leão adulto.
Eram estritamente carnívoros, e os seus dentes caninos superiores podiam medir até vinte centímetros de comprimento. Possuiam uma articulação especial da mandíbula que a permitia abrir num ângulo de até 95°.
Parece que este desenvolvimento dos caninos permitia ao animal, que possuía patas dianteiras extremamente musculosas para imobilizar a presa, dar uma mordida na garganta da sua vítima que rompia rapidamente os vasos sanguíneos e fechava a traquéia, acelerando a morte e evitando cuidadosamente uma mordida na coluna que faria com que os caninos se partissem ao chocarem-se contra ossos.
Subsidiariamente, os incisivos destes animais encontravam-se projetados para a frente, para permitir-lhes cortar a carne de suas presas já mortas sem lesionar os seus caninos, o que fazia com que estes felinos apresentassem uma face mais comprida do que as espécies modernas do mesmo porte.
Há evidências de que os Smilodon tivessem um comportamento de grupo, semelhante ao dos leões, dado que exemplares fósseis apresentam fraturas consolidadas, evidenciando que possam ter partilhado de presas abatidas por outros exemplares da espécie até se curarem de suas lesões.
A maioria dos fósseis de Smilodon, em diversos estados de preservação, vem dos poços de betume de La Brea em Los Angeles (EUA).

domingo, 8 de novembro de 2009

Best Docs - Downloads

Downloads diversos. Com assuntos de vários interesses.

http://www.bestdocs.com.br/search/label/guerra?updated-max=2009-06-15T18%3A32%3A00-03%3A00&max-results=20

A Batalha do Atlântico

http://www.bestdocs.com.br/2009/01/battlefield-batalha-do-atlntico.html

Link de primeiros combates aéreos

Primeiros combates aéreos

http://www.uouwww.com/2009/03/history-channel-combates-areos-os-primeiros-combates-areos.html