quinta-feira, 27 de maio de 2010

Visita a ponte metálica sobre o Rio Ingá - PB









No dia 14 de Maio visitei novamente a cidade de Ingá, Agreste paraibano, com o intúito de conhecer a ponte de ferro sobre o Rio Ingá, ou Rio Bacamarte, como é conhecido na região. A ponte fica próxima do cruzamente com a rodovia que dá acesso a cidade de Mogeiro. Andei cerca de 2 Km até chegar nesta pitorescaponte. Construída no prolongamento Itabaiana - Campina Grande que durou de 1904 até 1907, a ponte foi edificada por volta de 1906 por engenheiros ingleses da GWBR (Great Western of Brazil Railway). odo o material metálico foi construído e trazido da Inglaterra, como atesta alguns escritos na estrutura da ponte. A ponte em 20 metros de comprimento, seu estado de conservação é bom, apesar de algumas parte apresentar ferrugem e grande parte de seus dormentes de madeira estarem quase podres, o que torna-se uma aventura atravessá-lo, além de pichações com nomes próprios em sua estrutura., verdadeiro crime contra o patrimônio histórico. Vale a pena visitar esta bela obra da engenharia ferroviária.

Sítio Arqueológico Pedra da Cigana - Picuí


MONUMENTO
É constituído de um enorme matacão, com altura superior aos dez metros, por mais de ciquenta metros de circunferência, com inclinação para o norte. De origem metamórfica, este monolito está estampado na face norte, com pinturas rupestres.

OS REGISTROS RUPESTRES
A composição pariental do Pedra da Cigana, se encontra estampada em um único painel, voltado 64° N ocupando uma área do matacão, de aproximadamente 10m².
Os grafismos são em tons avermelhados, já apresentando um grau de desgastes bem acentuado, devendo-se, principalmente, a ação do tempo, que devido a incidência solar e escorrimento das águas em épocas de chuvas, sobre o painel rupestre, vem apagando as representações primitivas.
Observa-se neste painel rupestre, representação de emas, serpentes, algumas sugestivas a serem fitomorfos e em maior quantidade aparecem as esquemáticas; a representação mais próxima do solo está a 12 centimetro. Este sítio possui uma sedimentação aparentemente significativa que deverá ser preservada.

LOCALIZAÇÃO:
Distante 13 quilômetros à oeste da sede do municipio de Picuí, o sítio localiza-se à margem direita do riacho caiçara. Seu acesso é bastante dificil devido a mal qualidade da estrada carroçavel e a necessidade de se caminhar por mais de um quilômetro e meio até chegar ao sítio. Devido ser uma localidade bastante desprovida, não se tem como indicar com precisão o acesso até o nicho arqueológico, tornando-se indispensavel o uso de mapas.

PRESERVAÇÃO:
Mesmo apresentando dificuldades de acesso e localização, foi assinalada a presença de uma pichação com tinta sintética no referido sítio. Felizmente esta ação poluente não foi executada no corpo do painel rupestre, por se encontrar numa área bastante desbitada. Observa-se uma mata com bom estado de conservação.

Sítio Arqueológico Cachoeira do Pedro - Picuí


Monumento:
A formação monumental do sitio arqueológico Cachoeira do Pedro, caracteriza-se por ser um afloramento rochosos inserido no leito do riacho do Pedro. Esta formação se estende no sentido logintudial leste-oeste, com mais de duzentos metros, onde é submerso pelas águas do riacho, em períodos chuvosos. As correntezas causaram ao longos dos tempos a formação de caldeirões. Um desses caldeirões tem diâmetro de três metros, com profundidade de aproximadamente quatro metros , com abertura vertical voltada para o leste, dando assim a conotação de uma pequena cachoeira.

Os registros rupestres:
Predominantemente o sitio arqueológico Cachoeira do Pedro, é caracterizado por ser um conjunto de grifos que lhe confere a denominação de itacoatiara. Alguns desses grifos contornados com pigmentação vermelha. Hipoteticamente esses contornos forma realizados tempos após a execução das gravuras; não podemos afirmar esta técnica.
Os registros rupestres da Cachoeira do Pedro, são superior a 200 representações, distribuidas em treze painéis distintos. Os grafismos são bem elaborados, de profundidade significativa e polidas; em alguns deles é possivel reconhecer: antropomorfos, zoomorfos e fitomorfos. Pode-se observar uma semelhança morfológica do conjunto pariental da Cachoeira do Pedro com as itacoatiaras do Ingá - Paraiba.

Localização:
Situa-se a cinco quilômetros oeste da sede do município de Picuí e está na propriedade particular dos herdeiros de Francisco de Chagas Lucena.
O acesso até a itacoatiara do Pedro é facil e sem obstáculos significativos. Partindo de Picuí pela PB 151 sentindo Carnaúba dos Dantas - RN, percorre-se cinco quilômentros até onde será possivel observar uma estrada carroçavel à esquerda da PB 151; seguindo esta estrada chega-se à sede da propriedade, de onde se abandona o veiculo auto motor e segue-se uma trilha bem definida até o referido sitio arqueológico; a caminhada é de quinhentos metros.

Preservação:
As itacoatiaras do Cachoeira do Pedro, já vem sendo visitadas por banhistas, curiosos e pesquisadores há varias décadas. A presença dos banhistas vem ocasionando poluição significativa no sitio e em seu contexto. Além de incisões e arranhões, há escritas modernas próximas aos grafismos rupestres e até mesmo sobre eles. Apesar da intempérie, ainda é possivel afirmar que estado de conservação do sitio é bom.

Contexto:
O entorno do Cachoeira do Pedro é utilizado para criação de pequenos rebanhos bovinos, para fins de subsistências da propriedade. A flora se mantém em estado de preservação regular, o que é comum ao restante da região. É possivel se ver algumas aves dos tipos: coruja, rolinha, entre outros que são atraidos pelas águas dos caldeirões.

Consideração:
Se faz necessária uma urgente ação protetora ao sitio arqueológico itacoatiaras do Pedro, tanto pela sua importância temática decorrente das respresentações rupestres, como beleza natural desprendida pelas formações rochosas, florísticas e hidricas do sitio.
Dos sítios arqueológicos visitados e levantados pelo PROCA, em Picuí, este é o que mais apresenta condições para o advento turístico. Os principais fatores que levam a esta afirmação são: fácil acesso; não possuir sedimentação siginificativa que possa ser pertubada por turistas e a beleza natural e pariental.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pico do Jabre - Maturéia (O ponto mais alto da Paraíbaa)





O famoso Pico do Jabre é o ponto mais alto da Paraíba e o segundo do Nordeste, com 1.197 m de altitude. O clima ameno, com temperaturas chegando a 9º C durante a noite nos meses mais frios (junho e julho), difere, e muito, do sertão e litoral paraibano. Essa situação invejável transforma o Pico do Jabre num ponto de referência para o ecoturismo na Paraíba. As atrações são muitas e o ambiente convida a caminhadas pelas matas e formações rochosas belíssimas.

As formações vegetais predominantes na área são de dois tipos. Um deles, que inclui espécies como o cedro, o pau-d`arco-amarelo e a barriguda são encrave da Mata Atlântica. No outro, típico de caatinga, encontra-se o angico, a jurema preta, o marmeleiro e o jatobá. Há ainda a zona de transição entre as duas.

Da fauna destacam-se entre os mamíferos, o mocó, o macaco-prego, o sagüi, a raposa e a onça-suçuarana. Também há registros de algumas dezenas de espécies de aves, e répteis como a jibóia e coral-verdadeira.

Em Novembro de 2000, a dez anos atráz. Uma excursão da turma do primeiro ano de Geografia da UEPB. Subimos o Pico pela manhã, foi bem cansativa, porém recompensadora pela paisagem e local visitado. No alto a paisagem se mostra encantadora. Avistamos várias cidades da Paraíba e de Pernambuco, além de acudes e montanhas do Sertão paraibano. Foi uma visita inesquecível.


Serra do Pico - Taperoá (O segundo ponto mais alto da Paraíba)

Casa grande que abrigou Antonio Silvino em 1912.

Os mapas geográficos do Estado indicam uma altura de 924 metros para este acidente geográfico de singular beleza, que pertence ao complexo de montanhas da Cordilheira da Borborema. Trata-se do segundo ponto mais alto do Estado da Paraíba. A importância histórica do setor é estratégica. Por aqui, passaram as primeiras expedições de bandeirantes da Casa dos Garcia D`Ávilla, na Bahia, com o objetivo de colonizar as sesmarias concedidas aos pioneiros portugueses que povoaram a região, dando origem às prósperas cidades e fazendas de criação de gado do Cariri.
Este paraíso ecológico – a Serra do Pico -, situa-se a Noroeste do centro de Taperoá, a uma distância de 18 Km da área urbana. É uma nesga de terra espremida entre o Sítio Olho d` água e a Serra das Almas, onde a ocorrência de ipês amarelos e variadas plantas xeroftas, emprestam um colorido especial à paisagem, principalmente nos dias de sol.
Encravado numa região de transição climática entre o Cariri e o Sertão, o sopé da Serra do Pico é um verdadeiro oásis, em pleno semi-árido. O setor se mantém verde em todas as épocas do ano. É beneficiado pela superficialidade do lençol freático, que libera água de excelente qualidade para irrigar as fruteiras. A explicação para a existência deste cinturão verde ao pé da montanha é simples: as camadas de rochas cristalinas impedem a absorção total da água e o excesso é lançado no ar, em forma de finíssima chuva, pela transpiração das jaqueiras, mangueiras e cajueiros, que existem lá há mais de 100 anos.
Você já viu jaca-manteiga no Cariri? Pois, esta daí é jaca-manteiga”, explica Deoclécio Moura, Procurador do Governo do Estado da Paraíba. Recentemente, ele organizou uma expedição com amigos e escalou o o Pico, para conhecer de perto as curiosidades do lugar. Um tipo de orquídea popularmente conhecida por “mão de onça”, causou boa impressão. “Quando ela se desmancha , deixa uma maciez de talco na ponta dos dedos”, admira-se um dos exploradores.
As fruteiras da Serra do Pico são um dos poucos vestígios que marcam a intromissão humana no local. O ermo que se avista nas redondezas comprova que até os rijos bandeirantes que acompanharam Pascácio de Oliveira Ledo, no desbravamento do Cariri, enfrentaram muitos obstáculos maturais, para atingir seus objetivos. “Vamos trabalhar para mantermos a Pedra do Pico tão intocávell quanto nos tempos da colonização”, sugere Deoclécio, que recentemente elegeu-se prefeito de Taperoá. A principal intenção é evitar que ali se instale um turismo predatório, para não comprometer os recursos naturais do segundo maior ponto culminante da Paraíba.

Um atraente sacovão de Serra
Quem chega ao pé da Serra do Pico, admira-se com as curiosidades oferecidas aos visitantes. No outro lado da montanha, existe a casa de pedra. Foi construída pelo eremita conhecido por Joãozinho das Almas. Em cima de uma laje de granito, ele fez a casa de tijolos, com sótão e janelas, onde, em 1912 escondeu-se o cangaceiro Antonio Silvino e seu bando, tenazmente perseguidos pela polícia.
O zootecnista José Dinaldo Villar, diretor da ANDE – Associação Nordestina para a Defesa dos Ecossistemas -, uma ONG de destacada atuação na Paraíba, garante que 90% da área ainda não sofreu devastação causada pelo homem. “Temos 200 hectares de uma mata primária que comprovam isto”, afirma. “A mata está aí desde os tempos de Cristo”.
Na área da Serra do Pico a caça é proibida. A ANDE já libertou nas redondezas mais de 10 mil aves, cujas espécies estão ameaçadas de extinção. Uma das raridades da fauna local é o xexéu e o gavião turona, a águia nordestina. As onças jaguatiricas e os gatos selvagens vermelhos e azuis já são vistos caçando as rolinhas que voam aos bandos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Viagem ao Sítio Arqueológico Pedra Lavrada do Ingá-PB















Nos dias 11 e 14 de Maio de 2010, visitei a famosíssima e mudialmente conhecida "Pedra do Ingá". Local pitoresco com inscrições rupestres em estilo Itacoatiara (Gravuras sobre rocha. A Tradição Itacoatiara, de gravuras esquemáticas sobre rocha é a mais extensa e de mais difícil estudo. Seu expoente máximo está na Itacoatiara da Pedra de Ingá. Tendo uma grande concentração no Nordeste. As gravuras da tradição Itacoatiara em 99% das vezes foram feitas nos cursos d´água, em contato direto com ela).
Antes de visitar as famosas pedras visitei no recinto do parque, o Museu de História Natural de Ingá, com fósseis e materiais líticos encontrados na Paraíba e exterior.
O painel das pedra de itacoatiaras impressiona pela grandiosidade, com inscrições indecifráveis, constituindo um verdadeiro mistério o seu significado. Ao lado do enorme painel com mais de 10 metros de comprimento e 3 de altura, fica o Rio Ingá, ou Bacamarte, com é mais conhecido. No curso do Rio próximo a grande pedra, encontra-se no local inscrições e menores proporções isoladas em diversas rochas e caldeirões rochosos formados pela força erosiva das águas.
Um local explendido que recomendo a todos os aventureiros e amantes da história e pré-história conhecer.

Visita ao Museu de História Natural em Ingá-PB
















No ultimo dia 11 de Maio de 2010 pela manhã visitei a Famosa Pedra do Ingá. O mais importante e famoso sítio arquológico do Estado. Mas antes fiz uma visita ao Museu de História Natural de Ingá. Neste pequeno museu organizado pela pesquisdora Mali Trevas em julho de 1995, encontrasse uma quantidade razoável de peças fósseis e líticas encontradas na região.
Apesar de modesto ele guarda peças raríssimas. Por exemplo, Um Amonite está encerrado em seu casulo calcáreo, do jeito que o cataclismo natural o apanhou, nos tempos em que a ciência admite que o homem ainda não existia. Não há maiores explicações sobre este fóssil, no modesto cartaz do museu. Seu formato de camarão, com um palmo e meio de diâmetro, aguça mais ainda a curiosidade leiga, convindo citar que esta relíquia também não passa despercebida aos olhos dos estudiosos.
No fundo do salão, um painel pintado por artista da terra (a assinatura não está legível) mostra um cenário do interior paraibano de 10/12 mil anos atrás, quando por ali proliferavam os bandos de Eremotheriums (as preguiças gigantes), cuja altura atingia até os nove metros. Os ossos deste animal, que em altura superavam até algumas espécies de dinossauros, estão colocados sobre uma banqueta no interior do museu e atraem a atenção do público por causa de suas dimensões.
Também pude constatar, várias partes fósseis do Eremotherium (preguiça gigante) como omoplata, tíbia, fêmur, dentes, uma pata fossilizada, entre outroas partes de seu esqueleto. A natureza transformou este fósseis em pedras escuras e brilhantes mantendo o formato natural dos ossos. Este e outros achados de incontestável valor científico saíram do Sítio Torres, na zona rural de Ingá, que ao longo dos anos vem provocando surpresas paleontológicas e arqueológicas, capazes de interessar a renomados estudiosos de todo o mundo.
Além do Eremotherium (Preguça-gigante), temos partes de fósseis de Toxodonte (parecido com os atuais hipopótamos), Pampatherium (Tatu-gigante), encontrados em tanques pleistocênicos na região de Ingá, ossos de baleia Cachalote encontradas em Tambaba. Materiais líticos encontrados na região também são vistos no museu. Mas o que mais me intrigou foi uma parte fossilizada de pele de Tiranossauro, escavada no Texas-EUA com mais de 65 milhões de anos atráz, peça esta raríssima para os padrões paleontológicos. Recomendo a qualquer um visitar este local, que apesar de receber praticamente poucos recursos de órgãos públicos, tem extrema importancia para a história da região e do Estado.