Imagem de satélite da serra em toda sua extensão
Letreiro com o nome Cuité nas serra, construído nos anos oitenta.
Olho D'Água da Bica
Ladeira do Olho D'Água da Bica
Resquícios de calçamento rústico da descida da serra do século XIX.
A Serra do Cuité é uma grande serra que se estende no sentido Oeste-Leste se estendendo do município de Cuité com divisa com o estado do Rio Grande do Norte, seguindo pelos municípios de Nova Floresta e Picuí. Suas coordenadas (cidade de Cuité) são de : 06°28′54″S e 36°08′58″WNo topo da Serra que se caracteriza por ser plana no topo em praticamente toda sua extensão sua parte mais elevada chega a 667 metros acima do nível do mar, localiza-se as cidades de Cuité e Nova Floresta na Paraíba, e Jaçanã, no Rio Grande do Norte.
De acordo co o Padre Luiz Santiago na sua obra, Serra do Cuité de 1936, ele descreve a serra da seguinte maneiras: “A Serra do Cuité é um ramal da cordilheira da Borborema, medindo de nascente a poente, 8 léguas e uma media de 3 de norte a sul, no chapadão da Serra.
A palavra Cuité é indígena, significando cuia, vasilha, gamela, cocho, vaso. Compõe-se de 2 elementos: cui e eté. Cui é vasilha e eté grande, real e também ilustre.
A sua descoberta remonta a mais longínqua data. Os seus índios eram o “Cuité”, da tribo dos “Paiacus”, do grupo dos “Cariris” ou “Kiriris no Norte”. Os Paiacus habitavam as serras do Cuité, Calabouço e São Bento. Foram aldeiados pelo Padre João de Barros em 1696...
A Serra está numa altitude aproximadamente de 750 metros acima do nível do mar. Seu clima é ótimo, não só por estar numa altitude tão elevada como pela natureza dos sais que formam o componente do colosso serrano. O chapadão da Serra divide-se em duas porções, pertencendo à Paraíba e ao Rio Grande do Norte. Esta chapada hoje é um grande teatro de agricultura de todo o gênero. Há lindos cafezais, pomares, muita banana, canaviais, campos de agave, de mamona, e é o cultivo da mandioca que leva vantagem sobre as outras culturas que poderia ser melhor aproveitada. Poder-se-ia aproveitar o polvilho, a maniva triturada, a croeira, oferecendo ótima forragem para os estábulos, que tanto importa, quando para os serranos é todo aquele material desperdiçado; aproveitar a manipueira para a fabricação do álcool. Nos longos vales e faldas da Serra há ricas fazendas da indústria pastoril, onde se intensifica o plantio algodoeiro. Não obstante a mão trabalhadora do homem moderno, estimulado pelo bom êxito dos esforços no seu cultivo agrícola, transformando de dia para dia as florestas em sua gleba, observa-se ainda lindas matas seculares nos arredores de Cuité. Ali, bem nos parece mais uma lenda quando é um fato, há copia de caça; nas ribas dos penedos embrenhadas, o pinque tatu e o veado arisco, pelas boscagens afora. No cimo de Serra a exuberância dos vegetais seculares que outrora se erguiam conforme nos atestam os imensos troncos subtérreos de cedros”.
Todavia, o Padre pesquisador se enganou a sua altitude, não de 750 metros, e sim média de 667 metros acima do nível do mar.
Mas como ele descreveu acima, outrora a serra era coberta por extensa vegetação de caatinga arbórea fechada, com espécies da caatinga, como jurema-preta, canafístula, marmeleiro, xique-xique, entre outras, com espécies da mata do Brejo como jatobá, cedro, entre outras plantas e árvores.
O clima é semi-árido (Bsh) pertencente a microrregião do Curimataú Ocidental (Cuité e Nova Floresta), e Seridó Oriental (Picuí). Por sua latitude, quase sempre apresenta uma temperatura, oscilante entre 17° C e 30° C. A precipitação pluviométrica anual é de 916, 30 mm e a média mensal é de 76, 35 mm.
No passado a serra foi cercada para isolar a criação de gado bovino e a agricultura no século XIX como atesta a obra Serra do Cuité (1936): “A serra fora cercada aos poucos, fechando o círculo em 1891. Pela Paraíba fora cercada a deliberação da Câmara Municipal, cujo Presidente era o Sr. Antonio Ferreira de Melo Ramos, que o fez a instancias do Sr. Tomaz Soares da Costa Campos, o qual enfrentou toda a direção de serviço. Pelo lado do Rio Grande do Norte fora cercada a intervenção do Coronel Silvino de Araújo Bezerra”.
De acordo co o Padre Luiz Santiago na sua obra, Serra do Cuité de 1936, ele descreve a serra da seguinte maneiras: “A Serra do Cuité é um ramal da cordilheira da Borborema, medindo de nascente a poente, 8 léguas e uma media de 3 de norte a sul, no chapadão da Serra.
A palavra Cuité é indígena, significando cuia, vasilha, gamela, cocho, vaso. Compõe-se de 2 elementos: cui e eté. Cui é vasilha e eté grande, real e também ilustre.
A sua descoberta remonta a mais longínqua data. Os seus índios eram o “Cuité”, da tribo dos “Paiacus”, do grupo dos “Cariris” ou “Kiriris no Norte”. Os Paiacus habitavam as serras do Cuité, Calabouço e São Bento. Foram aldeiados pelo Padre João de Barros em 1696...
A Serra está numa altitude aproximadamente de 750 metros acima do nível do mar. Seu clima é ótimo, não só por estar numa altitude tão elevada como pela natureza dos sais que formam o componente do colosso serrano. O chapadão da Serra divide-se em duas porções, pertencendo à Paraíba e ao Rio Grande do Norte. Esta chapada hoje é um grande teatro de agricultura de todo o gênero. Há lindos cafezais, pomares, muita banana, canaviais, campos de agave, de mamona, e é o cultivo da mandioca que leva vantagem sobre as outras culturas que poderia ser melhor aproveitada. Poder-se-ia aproveitar o polvilho, a maniva triturada, a croeira, oferecendo ótima forragem para os estábulos, que tanto importa, quando para os serranos é todo aquele material desperdiçado; aproveitar a manipueira para a fabricação do álcool. Nos longos vales e faldas da Serra há ricas fazendas da indústria pastoril, onde se intensifica o plantio algodoeiro. Não obstante a mão trabalhadora do homem moderno, estimulado pelo bom êxito dos esforços no seu cultivo agrícola, transformando de dia para dia as florestas em sua gleba, observa-se ainda lindas matas seculares nos arredores de Cuité. Ali, bem nos parece mais uma lenda quando é um fato, há copia de caça; nas ribas dos penedos embrenhadas, o pinque tatu e o veado arisco, pelas boscagens afora. No cimo de Serra a exuberância dos vegetais seculares que outrora se erguiam conforme nos atestam os imensos troncos subtérreos de cedros”.
Todavia, o Padre pesquisador se enganou a sua altitude, não de 750 metros, e sim média de 667 metros acima do nível do mar.
Mas como ele descreveu acima, outrora a serra era coberta por extensa vegetação de caatinga arbórea fechada, com espécies da caatinga, como jurema-preta, canafístula, marmeleiro, xique-xique, entre outras, com espécies da mata do Brejo como jatobá, cedro, entre outras plantas e árvores.
O clima é semi-árido (Bsh) pertencente a microrregião do Curimataú Ocidental (Cuité e Nova Floresta), e Seridó Oriental (Picuí). Por sua latitude, quase sempre apresenta uma temperatura, oscilante entre 17° C e 30° C. A precipitação pluviométrica anual é de 916, 30 mm e a média mensal é de 76, 35 mm.
No passado a serra foi cercada para isolar a criação de gado bovino e a agricultura no século XIX como atesta a obra Serra do Cuité (1936): “A serra fora cercada aos poucos, fechando o círculo em 1891. Pela Paraíba fora cercada a deliberação da Câmara Municipal, cujo Presidente era o Sr. Antonio Ferreira de Melo Ramos, que o fez a instancias do Sr. Tomaz Soares da Costa Campos, o qual enfrentou toda a direção de serviço. Pelo lado do Rio Grande do Norte fora cercada a intervenção do Coronel Silvino de Araújo Bezerra”.
Ainda hoje existem resquícios deste calçamento na descida de serra, sentido Olho d'Água da Bica.
O manancial do Olho D’Água da Bica é um grande poço que fica no sopé na serra na parte sul, que jorra água incessantemente, é cercado por grandes rochas negras com altura aproximada de 140 metros, que o torna mais atraente e misterioso. O local é rico em vegetação, e foi alí onde os primeiros exploradores depararam com a serra. Ainda hoje é possível apreciar pedras com inscrições dos índios. É lá até o ano de 2007, era realizada a encenação da Paixão de Cristo, pelo grupo de Teatro Amador de Cuité – TEAC.
Fontes: , Pe. Luiz. Serra do Cuité: sua história, seus progressos, suas possibilidades. A Imprensa: João Pessoa, 1936.