terça-feira, 12 de outubro de 2010

Os vulcões


Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejectam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso.
A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outras coisas, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicar o turismo e consumir a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. No entanto, existem excepções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes). Por outro lado, os arredores de vulcões, formados de lava arrefecida, tendem a ser compostos de solos bastante férteis para a agricultura.
A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões designa-se por vulcanologia.
Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é eruptido, o que afecta a forma do vulcão. Se o magma eruptido contém uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluida) e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência a explodir devido ao facto da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo.
Se, por outro lado, o magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada lávica máfica é a do Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8000 anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma área com 800 km².
* Vulcão-escudo: o Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são geralmente muito quentes e fluidas, o que contribui para ocorrerem escoadas longas. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no Havaí, com 9000 m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O Monte Olimpo em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha do sistema solar.
* Cones de escórias: é o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições basálticas ou intermediárias.
* Estratovulcões: também designados de "compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade, forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos EUA. Por outro lado, esses edifícios vulcânicos são os mais mortíferos da Terra, envolvendo a perda da vida de aproximadamente 264000 pessoas desde o ano de 1500.

* Caldeiras ressurgentes: são as maiores estruturas vulcânicas da Terra, possuindo diâmetros que variam entre 15 e 100 km². À parte de seu grande tamanho, caldeiras ressurgentes são amplas depressões topográficas com uma massa elevada central. Exemplos dessas estruturas são a Valles (EUA), Yellowstone (EUA) e Cerro Galan (Argentina).
* Vulcões submarinos: são aqueles que estão abaixo da água. São bastante comuns em certos fundos oceânicos, principalmente na dorsal meso-atlântica. São responsáveis pela formação de novo fundo oceânico em diversas zonas do globo. Um exemplo deste tipo de vulcão é o vulcão da Serreta no Arquipélago dos Açores.
Génese dos vulcões
Os movimentos e a dinâmica do magma, tal como a maior parte do interior da Terra, ainda são pouco conhecidos. No entanto é sabido que uma erupção é precedida de movimentos de magma do interior da Terra até à camada externa sólida (crosta terrestre) ocupando uma câmara magmática debaixo de um vulcão. Eventualmente o magma armazenado na câmara magmática é forçado a subir e é extruído e escorre pela superfície do planeta como lava, ou o magma pode aquecer água nas zonas próximas causando descargas explosivas de vapor; pode acontecer também que os gases que se libertam do magma projectem rochas, piroclastos, obsidianas e/ou cinzas vulcânicas. Apesar de serem sempre forças muito poderosas, as erupções podem variar de efusivas a extremamente explosivas.

A maioria dos vulcões terrestres tem origem nos limites destrutivos das placas tectónicas, onde a crosta oceânica é forçada a mergulhar por baixo da crosta continental, dado que esta é menos densa do que a oceânica. A fricção e o calor causados pelas placas em movimento leva ao afundamento da crosta oceânica, e devido à baixa densidade do magma resultante este sobe. À medida que o magma sobe através de zonas de fractura na crosta terrestre, pode eventualmente ser expelido em um ou mais vulcões. Um exemplo deste tipo de vulcão é o Monte Santa Helena nos EUA, que se encontra na zona interior da margem entre a placa Juan de Fuca que é oceânica e a placa Norte-americana.
Ambientes tectónicos

Os vulcões encontram-se principalmente em três tipos principais de ambientes tectónicos:
Limites construtivos das placas tectónicas

Este é o tipo mais comum de vulcões na Terra, mas são também os observados menos frequentemente dado que a sua actividade ocorre maioritariamente abaixo da superfície dos oceanos. Ao longo do sistema de riftes oceânicos ocorrem erupções espaçadas irregularmente. A grande maioria deste tipo de vulcões é apenas conhecida devido aos sismos associados às suas erupções, ou ocasionalmente, se navios que passam nos locais onde existem, registam elevadas temperaturas ou precipitados químicos na água do mar. Em alguns locais a actividade dos riftes oceânicos levou a que os vulcões atingissem a superfície oceânica: a Ilha de Santa Helena e a Ilha de Tristão da Cunha no Oceano Atlântico e as Galápagos no Oceano Pacífico, permitindo que estes vulcões sejam estudados em pormenor. A Islândia também se encontra num rifte, mas possui características diferentes das de um simples vulcão.

Os magmas expelidos neste tipo de vulcões são chamados de MORB (do inglês Mid-Ocean Ridge Basalt que significa: "basalto de rifte oceânico") e são geralmente de natureza basáltica.
Limites destrutivos das placas tectónicas
Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima das zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos magmas dos limites construtivos.
Hot spots ou pontos quentes

Os vulcões de hot spots eram originalmente vulcões que não poderiam ser incluídos nas categorias acima referidas. Nos dias de hoje os hot spots referem-se a uma situação bastante mais específica - uma pluma isolada de material quente do manto que intercepta a zona inferior da crosta terrestre (oceânica ou continental), conduzindo à formação de um centro vulcânico que não se encontra ligado a um limite de placa. O exemplo clássico é a cadeia havaiana de vulcões e montes submarinos; o Yellowstone é também tido como outro exemplo, sendo a intercepção neste caso com uma placa continental.

A Islândia e os Açores são por vezes citados como outros exemplos, mas bastante mais complexos devido à coincidência do rift médio Atlântico com um hot spot. Não há consenso acerca do conceito de "hotspot", uma vez que os vulcanólogos não são consensuais acerca da origem das plumas "quentes do manto": se têm origem no manto superior ou no manto inferior. Estudos recentes levam a crer que vários subtipos de hot spots irão ser identificados.
Previsão de erupções
A ciência ainda não é capaz de prever com certeza absoluta quando um vulcão irá entrar em erupção, mas grandes progressos têm sido feitos no cálculo das probabilidades de tal evento ter lugar ou não num espaço de tempo relativamente curto. Os seguintes factores são analisados de forma a ser possível prever uma erupção:

Sismicidade

Microssismos e sismos de baixa magnitude ocorrem sempre que um vulcão "acorda" e a sua entrada em erupção se aproxima no tempo. Alguns vulcões possuem normalmente actividade sísmica de baixo nível, mas um aumento significativo desta mesma actividade poderá preceder uma erupção. Outro sinal importante é o tipo de sismos que ocorrem. A sismicidade vulcânica divide-se em três grandes tipos: tremores de curta duração, tremores de longa duração e tremores harmónicos.

* Os tremores de curta duração são semelhantes aos sismos tectónicos. São resultantes da fracturação da rocha aquando de movimentos ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo da dimensão do corpo magmático próximo da superfície.

* Crê-se que os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um vulcão.

* Os tremores harmónicos ocorrem devido ao movimento de magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo associado ao movimento de falhas tectónicas.

Os padrões de sismicidade são geralmente complexos e de difícil interpretação. No entanto, um aumento da actividade sísmica num aparelho vulcânico é preocupante, especialmente se sismos de longa duração se tornam muito frequentes e se tremores harmónicos ocorrem.

Emissões gasosas

À medida que o magma se aproxima da superfície a sua pressão diminui, e os gases que fazem parte da sua composição libertam-se gradualmente. Este processo pode ser comparado ao abrir de uma lata de um refrigerante com gás, quando o dióxido de carbono se escapa. O dióxido de enxofre é um dos principais componente dos gases vulcânicos, e o seu aumento precede a chegada de magma próximo da superfície. Por exemplo, a 13 de Maio de 1991, 500 toneladas de dióxido de enxofre foram libertadas no Monte Pinatubo nas Filipinas. As emissões de dióxido de enxofre chegaram num curto espaço de tempo às 5 000 toneladas. O Monte Pinatubo entrou em erupção a 12 de Junho de 1991.

Deformação do terreno

A deformação do terreno na área do vulcão significa que o magma encontra-se acumulado próximo da superfície. Os cientistas monitorizam os vulcões activos e medem frequentemente a deformação do terreno que ocorre no vulcão, tomando especial cuidado com a deformação acompanhada de emissões de dióxido de enxofre e tremores harmónicos, sinais que tornam bastante provável um evento eminente.
* Erupções freáticas (vapor).
* Erupções explosivas de lava rica em sílica (e.g. riolito).
* Erupções efusivas de lava pobre em sílica (e.g. Basalto).
* Escoadas piroclásticas.
* Lahars.
* Emissões de dióxido de carbono.

Todas estas actividades podem ser um perigo potencial para o Homem. Para além disso a actividade vulcânica é muitas vezes acompanhada por sismos, águas termais, fumarolas e gêisers, entre outros fenómenos. As erupções vulcânicas são frequentemente precedidas por sismos de magnitude pouco elevada.
Activos, dormentes ou extintos?

Não existe um consenso entre os vulcanologistas para definir o que é um vulcão "activo". O tempo de vida de um vulcão pode ir de alguns meses até alguns milhões de anos. Por exemplo, em vários vulcões na Terra ocorreram várias erupções nos últimos milhares de anos mas actualmente não dão sinais de actividade.
Alguns cientistas consideram um vulcão activo quando está em erupção ou mostra sinais de instabilidade, nomeadamente a ocorrência pouco usual de pequenos sismos ou novas emissões gasosas significativas. Outros consideram um vulcão activo aquele que teve erupções históricas. É de salientar que o tempo histórico varia de região para região. Enquanto que no Mediterrâneo este pode ir até 3000 anos atrás, no Pacífico Noroeste dos Estados Unidos vai apenas até 300 anos atrás.

Vulcões dormentes são considerados aqueles que não se encontram actualmente em actividade (como foi definido acima) mas que poderão mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em erupção.

Os vulcões extintos são aqueles que os vulcanólogos consideram pouco provável que entrem em erupção de novo, mas não é fácil afirmar com certeza que um vulcão está realmente extinto. As caldeiras têm tempo de vida que pode chegar aos milhões de anos, logo é difícil determinar se um irá voltar ou não a entrar em erupção, pois estas podem estar dormentes por vários milhares de anos.

Por exemplo a caldeira de Yellowstone, nos Estados Unidos, tem pelo menos 2 milhões de anos e não entrou em erupção nos últimos 640.000 anos, apesar de ter havido alguma atividade há cerca de 70.000 anos. Por esta razão os cientistas não consideram a caldeira de Yellowstone um vulcão extinto. Pelo contrário, esta caldeira é considerada um vulcão bastante activo devido à atividade sísmica, geotermia e à elevada velocidade do levantamento do solo na zona.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o
]

Sítios Arqueológicos de Picuí



Sítio cachoeira do pedro

O Monumento:

A formação monumental do sítio arqueológico Cachoeira do Pedro, caracteriza-se por ser um afloramento rochosos inserido no leito do riacho do Pedro. Esta formação se estende no sentido logintudial leste-oeste, com mais de duzentos metros onde é submerso pelas águas do riacho, em períodos chuvosos as correntezas

causaram ao longos dos tempos a formação de caldeirões.

Um desses caldeirões tem diâmetro de três metros, com profundidade de aproximadamente quatro metros, com abertura vertical

tanque existente abaixo dele, dando assim a conotação de uma pequena cachoeira.

Os registros rupestres:

Predomínantemente o sítio arqueológico Cachoeira do Pedro, é caracterizado por ser um conjunto de grifos que lhe confere a denominação de itacoaííara. Alguns desses grifos são contornados com pigmentação vermelha. Hipoteticamente esses contornos forma realizados tempos após a execução das gravuras; não podemos afirmar esta técnica.

Os registros rupestres do Cachoeira do Pedro, são superior a 200 representações, distribuídas em treze painéis distintos. Os grafísmos são bem elaborados, de profundidade significativa e polidas; em alguns deles é possível reconhecer: antropomorfos, zoomorfos e fítomorfos. Pode-se observar um semelhança morfológica do conjunto parietal do Cachoeira do Pedro com as itacoatiaras do Ingá - Paraíba.

Localização:

Situa-se a cinco quilómetros oeste da sede do município de Picuí e está inserido na propriedade particular dos herdeiros de Francisco de Chagas Lucena.

O acesso até a itacoatiara do Pedro é fácil e sem obstáculos significativos. Partindo de Picuí pela PB 151 sentido Carnaúba dos Dantas, percorre-se cinco quilómetros até onde será possível observar uma estrada carroçável à esquerda da PB 151; seguindo esta estrada chega-se à casa sede da propriedade, de onde se abandona o veículo auto motor e segue-se uma trilha bem definida até o referido sítio arqueológico; a caminhada é de quinhentos metros.

Preservação:

As itacoatiaras do Cachoeira do Pedro, já vem sendo visitadas por banhistas, curiosos e pesquisadores há varias décadas. A presença dos banhistas vem ocasionando poluição significativa no sítio e em seu contexto Além de incisões e arranhões, há escntas modernas próximas aos grafísmos rupestres e até mesmo sobre eles Apesar da intempérie, ainda é possível afirmar que estado de conservação do sítio é bom.

Contexto:

O entorno do Cachoeira do Pedro é utilizado para criação de pequenos rebanhos bovinos, para fins de subsistência da propnedade. A flora se mantém em estado de preservação regular, o que é comum ao restante da região É possível se ver algumas aves dos tipos: coruja, rolinha, entre outros que são atraídos pelas águas dos caldeirões.

Consideração:

Se faz necessária uma Urgente ação protetora ao sítio arqueológico itacoatiaras do Pedro, tanto pela sua importância temática decorrente das representações rupestres, como pela beleza natural desprendida pelas formações rochosas florísticas e hídricas do sítio.

Dos sítios arqueológicos visitados e levantados pelo PROCA, em Picuí, este é o que mais apresenta condições para o advento turístico. Os principais fatores que levam a esta afirmação são: fácil acesso; não possuir sedimentação significativa que possa ser perturbada por turistas e a beíeza natural e parietal.

Sítio Cacimba das Cabras

O monumento

Trata-se de uma formação rochosa sedimentar que embarreira a margem esquerda do riacho das Pinturas. Esta formação aflora a mais de quatro metros de altura por mais de oito de extensão, com suave inclinação para o lado Norte. Esta formação rochosa está em contexto com outros afloramentos rochosos de maiores proporções e da mesma natureza mineralógica.

OS REGISTROS RUPESTRES

Na porção Norte do afloramento que embarreira o riacho, observa-se um painel rupestre com grafísmos gravados e contornados em vermelho e outros em menor quantidade com contorno amarelo. Estas representações parietais são na maioria esquemáticas e simbólicas; existem ainda representações de antropomorfos se zoomorfos.

localização

O sítio Cachoeira das Pinturas, dista oito quilómetros sudoeste da sede do município de Picuí e está inserida na propriedade conhecida como Cacimba das Cabras, pertencente ao senhor Nildo Dantas.

Da sede da referida propriedade até o sítio arqueológico Cachoeira das Cabras, a distância é de aproximadamente dois quilómetros, em trilhas bem definidas e sem apresentar obstáculos significativos.

preservação

Apresentam-se em excelente estado de conservação, o sítio arqueológico o seu contexto natural.

considerações

O sítio arqueológico Cachoeira das Cabras, apresenta ótimas condições de exploração para o turismo. Sua composição gráfica parietal é atrativa, assim como sua beleza natural e a preservação do meio ambiente são valores neste sítio arqueológico

Com uma estrutura adequada de proteção ao sítio arqueológico e seu contexto, o turismo certamente será fator

favorável para propriedade Cacimba das Cabras.

Sítio Letreiro

O monumento

A formação monumental deste sítio arqueológico é composta por um lajedo granítico que se estende no leito do riacho dos Letreiros, no mesmo sentido em que correm as águas em épocas chuvosas. O referido lajedo mede mais de dez metros de comprimento por pouco mais de 1,5 metro de altura. A porção sul deste lajedo se estende aplainado por mais de trinta metros; já a porção norte decai até o leito seco do riacho, dando forma a uma espécie de paredão.

OS REGISTROS RUPESTRES

A composição gráfica da itacoatiara do Letreiro é caracterizada por uma sequência de antropomorfos gravados em baixo relevo no paredão do lajedo acima citado.

O que mais chama a atenção deste painel é sua morfologia. São pequenos antropomorfos em sequência horizontal, dando a impressão de movimento - o que não é comum nas inscrições rupestres de gravuras em nossa região. As técnicas 'Utilizadas na confecção dos grafísmos foram, o picoteamento e um suave polimento.

localização

O sítio arqueológico itacoatiara dos letreiros, está a trinta e cinco quilómetros Norte da sede do município de 'Picuí, inserido na propriedade do senhor Lucimar da Costa Barros.

preservação

Não foi verificado nenhum tipo de vandalismo neste sítio arqueológico. Seu contexto natural está bem preservado possui um significativo grau de atraçao para a vistação turística.

CONSIDERAÇÕES

O sítio arqueológico dos letreiros poderá ser aproveitado para exploração turística - desde que se implante um infra-estrutura adequada de proteção ao sítio e melhore suas condições de acesso.

Sítio Minador

O monumento

É constituído de dois maíacões de origem granítica, apoiados em blocos da mesma formação mineralógica.

Um desses matacões sofreu maior desgaste pela intempérie, ocasionando uma falha natural em sua porção Norte, na qual está estampado um dos painéis rupestre.

Os registros rupestres

A arte parietal deste sítio é composta por dois painéis distintos: o painel l que está estampado em uma concavidade natural com pinturas rupestres de morfologia irreconhecível, medindo 2,3 metros quadrados e o painel 2 que encontra-se estampado no matacão de menor proporção, ocupando uma pequena área, com traços verticais em vermelho.

localização

O sítio arqueológico do Minador, localiza-se a 10 quilómetros sudoeste da sede do município de Picuí, numa propriedade particular pertencente ao senhor José Onildo de Barros.

O acesso até o referido sítio não apresenta obstáculos significativos; o veículo automotor pode ficar estacionado a pouco menos de vinte metros deste.

PRESERVAÇÃO

Não foi verificado nenhum tipo de ação antrópica que prejudique o estado de conservação deste sítio tanto os painéis rupestres quanto o monumento e seu contexto natural estão bem preservados.

considerações

Não é aconselhável o investimento turístico no sítio Minador,. Seus registros rupestres não são atrativos a distância ,.cntre ele e o centro urbano e significativa e não existe ponto de apoio ou local que possa ser instalado.

Sítio Pedra da Cigana

MONUMENTO

É constituído de um enorme matacão, com altura superior aos dez metros, por mais de cinquenta metros de circunferência, com inclinação para o norte. De origem metamórfíca, este monolito está estampado na face norte, com pinturas rupestres.

OS REGISTROS RUPESTRES:

A composição parietal do Pedra da Cigana, se encontra estampada em um único painel, voltado 64° N ocupando uma área do matacão, de aproximadamente lOm .

Os grafísmos são em tons avermelhados, já apresentando um grau de desgaste bem acentuado , devendo-se, principalmente, a ação do tempo, que devido a incidência solar e escorrimento das águas em épocas de chuvas, sobre o painel rupestre, vem apagando as representações primitivas.

Observa-se neste painel rupestre, representações de emas, serpentes, algumas sugestivas a serem fítomorfos e em rumor quantidade aparecem as esquemáticas; a representação mais próxima do solo está a 12 centímetro. Este sítio possui uma sedimentação aparentemente significativa que deverá ser preservada.

localização:

Distante 13 quilómetros à oeste da sede do município de Picui, o sítio localiza-se à margem direita do riacho caiçara. Seu acesso é bastante difícil devido a mal qualidade da estrada carroçavel e a necessidade de se caminhar por mais de um quilómetro e meio até chegar ao sítio. Devido ser uma localidade bastante desprovida, não se tem como indicar com precisão o acesso até o nincho arqueológico, tornando-se indispensável o uso de mapas.

preservação:

Mesmo apresentando dificuldades de acesso e localização, foi assinalada a presença de uma pichação com tinta sintética no referido sítio. Felizmente esta ação poluente não foi executada no corpo do painel rupestre, por se encontrar numa área bastante desabitada. Observa-se uma mata com bom estado de conservação.

considerações.

Não é recomendado que o sítio arqueológico Pedra da Cigana seja explorado turisticamente pelos seguintes fatores:

Acesso ruim, falta de ponto de apoio para o visitante e possui uma sedimentação que possivelmente poderá ser arqueológica.

Sítio Pedra da Tubiba

O monumento

Trata-se de um matacão de origem granítica, de grande proporções, com pequena inclinação para o Norte, onde se encontra estampado um painel rupestre.

OS REGISTROS RUPESTRES

O Pedra da Tubiba é caracterizado por um único painel rupestre com pinturas e gravuras. Estampado na porção Norte do matacão, o referido painel ocupa um espaço de seis metros de comprimento por dois de altura.

A composição gráfica desde sítio é composta de representações zoomorfas (emas) e grafísmos geométricos bem elaborados. Algumas gravuras foram contornadas com pigmentação vermelha, hipoteticamente da mesma época em que l foram executadas as outras figuras rupestres.

localização

O sítio arqueológico Pedra da Tubiba, localiza-se a seis quilómetros nordeste da sede do município de Picuí e se ; encontra numa propriedade particular pertencente ao senhor José Herinque da Costa.

O acesso até o referido sítio é de regular condições; a estrada carroçavel e bastante arenosa e dificulta um pouco a chegada até o sítio arqueológico.

CONSIDERAÇÕES

O sítio arqueológico Pedra da Tubiba, poderá ser explorado turisticamente, devido estar bem preservado, não apresentar sedimentação significativa, estar inserido numa propriedade de regular vigilância e principalmente pelas belezas atrativas do painel rupestre e do contexto natural

Sitio Pocinhos

O MONUMENTO

Este sítio arqueológico tem como formação monumental um afloramento rochoso de origem granítica que se alonga no sentido horizontal com mais deló metros e atinge uma altura de 4 metros. Possui uma inclinação significativa que abriga o painel rupestre.

OS REGISTROS RUPESTRES

Seu painel rupestre apresenta-se numa associação de pinturas e gravuras onde os elementos pintados em tonalidade vermelha se mostram em maioria. O painel que mede 8 metros de extensão por ' 2,7 metros de altura, apresenta, na parte superior, representações do tipo esquemática de grandes tamanhos, onde é possível identificar pelo menos três répteis, além de figuras esquemáticas. Na parte inferior do painel, numa concavidade natural da rocha, existem gravuras de difícil identificação.

localização

Este sítio arqueológico fica a quatro quilómetros do centro urbano de Pocinhos, numa propriedade particular pertencente aos herdeiros de Hermes Hortêncio.

Seu fácil acesso não apresenta obstáculos significativos; o veiculo automotor fica estacionado a pouco menos de vinte metros do sítio arqueológico.

PRESERVAÇAO

O citado sítio arqueológico se encontra em excelente condições de conservação. Não foi verificado nenhum tipo vandalismo no painel rupestre nem no seu contexto natural de uma beleza significativa.

considerações

O sítio arqueológico do Pocinhos, é propício a visitação. Possui bom acesso; é próximo da zona urbana; é bem conservado e esta em contexto com paisagens atrativas.

Sítio Poço dos Martins

monumento:

O monumento do sítio arqueológico Poço do Martins, é de origem granítica e é um pequeno abrigo sobre rocha. Esta formação geológica é parte de um enorme afloramento rochoso que se caracteriza um boqueirão inserido no leito do rio da Pimenta. As paredes rochosas se elevam nas duas margens do riacho, com mais de quatro metros de altura, onde se afuniia no sentido longitudinal da descida das águas do referido rio, que são represadas artificialmente por uma barragem.

Existe ali um tanque que, segundo os moradores mais antigos da região, nunca secou totalmente. Bastante conhecido pelos moradores, ele serve de reservatório de água e fonte de peixes.

Na porção mais elevada do afloramento rochoso, foi erguida uma pequena capela em memória da morte (por afogamento) do senhor Martins, no referido tanque, há mais de sessenta anos.

OS REGISTROS RUPESTRES.

No paredão rochoso que aflora na margem esquerda do rio, distante cinquenta metros do tanque e trinta metros da barragem, observa-se um pequeno abrigo sobre rocha, com um único painel rupestre, voltado para o Norte. O painel é composto por gravuras de pouca profundidade e apresenta uma técnica de picoteamento. É possível que o painel fosse bem mais extenso, porém a extração de pedra para construção da barragem ocasionou a perda de parte das gravuras.

localização:

Situa-se no povoado de Conceição, numa propriedade particular pertencente ao senhor Severino Ferreira de " oliveira (Nino). Parte da região de Conceição é utilizada para o plantio de tomates.

preservação.

Afora o fato da retirada das pedras para construção da barragem, o sítio arqueológico do Martins, não apresenta nenhum outro sinal de depredação.

A flora está em regular preservação e a paisagem é atrativa.

considerações:

O sítio arqueológico Poço do Martins poderá ser explorado turisticamente, pois além do local apresentar uma bclc/a natural atrativa, os registros rupestres também são de igual valia. O local já foi bastante utilizado como balneário e poderá ser reativado com a implantação do turismo. Se faz necessário um investimento na estrada e nos pontos de apoio, além da infra estrutura necessária ao sítio arqueológico.

Fonte: Relatório do PROCA dos Sítios Arqueológicos de Picuí.