terça-feira, 17 de maio de 2011

Equipe do LABAP/UEPB identifica duas espécies fósseis através do material paleontológico do sítio Torre, em Ingá.




O salvamento paleontológico realizado recentemente pelos Professores Doutores Juvandi Santos e Márcio Mendes, autorizado pelo DNPM, já rendem bons frutos.

Já se sabe que ao menos duas espécies que viveram na região durante o Pleistoceno (entre 2 milhões de anos e 10 mil ano A.P.), morreram no tanque Pleistocênico da Torre: Preguiça Gigante (Eremotherium) e Tatu Gigante, possivelmente de um dos dois gêneros mais comuns do Brasil extintos até o final do Pleistoceno (Propraoupus ou Eutatus). A equipe chegou a essa conclusão ao analisar em laboratório o material fóssil, sendo encontrado em meio a mais de cinquenta ossos fossilizados e fragmentos, um calcanho que pertenceu a uma Preguiça Gigante e vários fragmentos fossilizados de carapaça do Tatu Gigante.

Essas informações, segundo o professor Juvandi Santos, são importantíssimas para traçar o perfil Paleoambiental da região durante o Pleistoceno Final, pois mostra-nos quais os animais da época e, a partir daí, percebe-se o ambiente da região como um todo, sendo assim, já se sabe que a área acaatingada de hoje, anterior há 10 mil anos, era constituída por mais gramínea e vegetação mais arborifera, pois esses animais viviam em áreas onde a alimentação fosse mais farta e não tão rara como no semiárido, especialmente nos períodos de seca, como ocorre atualmente.

Segundo o Prof. Juvandi Santos, ainda é muito cedo para se falar em contato homem/animais da Megafauna Pleistocênica no que hoje é a Paraíba, pois nenhum vestígio arqueológico foi encontrado que comprove cientificamente esse contato.

Fonte: http://arqueologiadaparaiba.blogspot.com/2011/05/equipe-do-labapuepb-identifica-duas.html