A estação ferroviária de Alagoa Grande foi inaugurada em 1 de Julho de 1901, Conde D'Eu. Era a ponta de um ramal que ligava o então povoado de Camarazal (antiga Mulungu), pertencente na época ao município de Guarabira, a Alagoa Grande. Na verdade, o ramal deveria continuir até a cidade de Patos, no oeste paraibano, pontaa dos trilhos de um ramal da RVC, e aí formar-se-ia a E. F. Ceará-Paraíba. Em 1922, as obras já estavam adiantadas entre Alagoa Grande e Pocinhos; quem cuidava na época de boa parte das ferrovias do Nordeste, inclusive dali, era o IFOCS (Instituto Federal de Obras contra as Secas) e a ferrovia ali estava sendo contruída não somente como ligação dos dois Estados como também para facilitar a construção dos diversos açudes no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte que também estavam sendo construídos na época. Com o abandono do projeto todo por Artur Bernardes, Presidente da República empossado em novembro de 1922, alegando falta de dinheiro, a ligação tamém parou, sendo retomada somente nos anos 1950, porém, não a partir de Alagoa Grande, como seria em 1922, mas sim a partir de Campina Grande, até Pocinhos, e dali a Patos, onde a ferrovia já estava desde os anos 1920. De qualquer forma, a chegada do trem Alagoa Grande foi significativa, fazendo com que a cidade e a região experimentasse ainda no primeiro decênio do século XX um rápido crescimento econômico. A estação proporcionou o escoamento do seu maior produto agrícola, o algodão, além de outras mercadorias muito abundantes na região do Brejo Paraibano, como a rapadura produzida por 26 engenhos existentes naquela época no município, fibras de sisal, esta entre os anos 1940 e 1960, e outras mercadorias. A estação também proporcionava a vinda de riquezas econômicas e sócio-culturais para o município, mas foi desativada em Novembro de 1967 pela RFN, por ordem de um decreto do Governo Federal. O prédio da estação ainda está de pé, em ruínas, e os trilhos do ramal foram retirados.
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