NO DIA 12 DE ABRIL (ONTEM) A RAPOSA COMPLETOU 6 ANOS DE EXISTENCIA. PARABÉNS RUBRO-NEGRO PARAIBANO.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO CAMPINENSE CLUBE.
A escolha do nome foi uma verdadeira disputa. Reuniões se sucederam até que o advogado Hortênsio Ribeiro, numa “quente” reunião propôs que o clube passaria a se chamar Campinense. Esse nome retratava tudo, inclusive o bairrismo dos seus fundadores. E obteve votação unânime.
O Dr. José Cãmara foi escolhido para dirigir a primeira diretoria do clube. Já sua primeira sede funcionou no colégio Campinense, cujo diretor era Gilberto Leite, um dos fundadores do rubro-negro.
A Espera
O C.E.C.C., supervisionado pela diretoria e às expensas do clube, teria por finalidade incentivar a prática de esportes como futebol, basquete, voley, tênis, ping-pong etc, entre seus associados em pleno gozo de seus direitos e seus filhos menores. No ano seguinte (1955) foi inscrito o primeiro time de futebol da Raposa em uma competição oficial, pela liga campinense de futebol.
Inicialmente a equipe funcionaria de forma amadora, apenas para o lazer dos associados. No mês de julho, o segundo time de futebol do Campinense travou uma batalha contra o Ferroviário do bairro da Liberdade. A estréia foi marcada por grande equilíbrio por parte dos esquadrões, era assim que se chamavam os times que se enfrentavam na época, terminando a partida empatada sem abertura do marcador.
Em 13 de março de 1958, os dirigentes e alguns associados do Campinense discutiram a probabilidade da profissionalização da equipe amadora de futebol do clube, pois o esquadrão tinha conquistado os três últimos vice-campeonatos da cidade (1955/1956/1957). Neste momento, havia uma grande expectativa em criar uma equipe de futebol capaz de competir de igual para igual com o Treze.
Os atletas começaram a chegar (1958) para reforçar o quadro de jogadores do clube. As primeiras contratações do Campinense foram o goleiro Josil e o meio-esquerda Bruno. Seguiu-se uma série de contratações: o meia-direita Tim, o centro-médio Jaime, do Esporte, e o apoiador Zito, que atuava na cidade de Patos. A equipe também contava com nomes conhecidos como Marinho, Eudes, Paulo, Gilvandro, Murilo, ex-atletas do Guarany, do Senhor Elias Mota, principal equipe de futebol amadora dos anos 50 da cidade de Campina Grande. O primeiro artilheiro do Campinense foi Miro. A média salarial de tão brilhantes profissionais girava em torno de mil cruzeiros por mês. A partir de 1960, passou a disputar o Campeonato Paraibano de Futebol. Neste mesmo ano conquistou o primeiro título estadual. A vitória abriu a série do hexacampeonato estadual, feito inédito e até hoje não repetido pelos clubes paraibanos.
Em 1961, foi a primeira equipe do Estado a participar de uma competição nacional, a Taça Brasil. Repetindo o feito em 1971, quando disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 1972, conquistou o vice-campeonato nacional da Segunda Divisão, o maior feito de um clube paraibano na história do futebol brasileiro. Também conseguiu, em 1975, ser a primeira equipe paraibana na Série A do Campeonato Brasileiro.
O Campinense Clube é considerado um dos maiores clubes de futebol do estado, possuindo sua sede social em Campina Grande, no bairro da Bela Vista, onde já foi construído seu centro de treinamento, ou seja, o estádio Renatão. Carinhosamente chamada pela imprensa paraibana de "Equipe Cartola", o Campinense consegue agregar a juventude com os mais veteranos em seus quadros. As categorias de base do time tem servido de espelho para grandes clubes.
Pelo time já passaram grandes nomes do cenário esportivo estadual e nacional, a exemplo de Pedrinho Cangula, Gabriel, Rinaldo Fernandes, Marcelinho Paraíba e Beto, estes dois últimos ainda em atividades no futebol, com passagens por grandes times do Brasil e do exterior.
Único hexacampeão da Paraíba
Dos títulos estaduais que coleciona, o mais importante foi conquistado em 1965. A vitória diante do Botafogo (1x0) deu aos rubro-negros o hexacampeonato. O Campinense chegou à grande final após humilhar o Auto Esporte (6x2) e o 5 de Agosto (8x0). O único adversário que poderia estragar a festa era o Botafogo. Foi justamente contra ele que o rubro-negro decidiu a melhor de três, O "Belo" tinha conquistado o primeiro turno enquanto o Campinense o segundo. Na primeira partida a raposa sagrou-se vitoriosa por 1x0, gol de Debinha.
No segundo confronto, no estádio da Graça, em João Pessoa, um disputado 0x0. Na terceira e última partida, o Plínio Lemos estava lotado e a partida disputadíssima. O Botafogo havia erguido um sistema defensivo duro de ser batido. O goleiro botafoguense estava firme no jogo, defendia tudo, foi quando Debinha após receber um lançamento perfeito de Ireno, dominou a bola no peito e após livra-se do zagueiro fuzilou a meia altura marcando o gol do hexacampeonato. Dudinha; Janca, Zé Preto, Ticarlos, Gilvan, Simplicio, Zezito, Paulinho, Ireno, Tonho Zeca e Debinha foram os grandes nomes daquele inesquecível título.
Liga Pirata, Punição e Clube Empresa
Após a disputa do estadual de 1995, a Raposa tentou sem sucesso, juntamente com outros clubles, a fundação de uma liga de futebol, para tentar fazer frente à Federação Paraibana de Futebol, a FPF , entidade com quem a diretoria do clube entrou em confronto. Após dois anos afastado das disputas do Campeonato Estadual (1996-1997) o Campinense voltou as atividades profissionais, com a proposta de se transformar em um clube-empresa.
A partir do final do ano de 2002, a Diretoria transformou o departamento de futebol em CENTRO ESPORTIVO PROFISSIONAL DO CAMPINENSE LTDA, e todo o futebol do clube passou a ficar sob o controle da empresa CELETIVA, centralizado no seu homem forte, Sr. Carlos Lira, e sob patrocínio da Construtora São Mateus, depois de conturbadas negociações que culminaram com destituição do então presidente do Clube, Sr. Lamir Motta, pelo Conselho Deliberativo do Campinense Clube, em 26 de julho de 2003.
2008 - Um ano de glória ao futebol da Paraíba
Um ano de glória, com título estadual diante de seu maior rival, o Treze, e de campanha simplesmente heróica na Série C do Brasileiro, com 51 pontos conquistados em 32 jogos, numa disputa iniciada em 06 de julho. 42 gols foram marcados, 37 foram sofridos em 13 vitórias, 11 empates e oito derrotas.
Estas conquistas vieram com a renovação da diretoria. Iniciou-se pelo então presidente recém eleito, Lamartine Alves, em 2007, e a contratação do treinador Freitas Nascimento.
O Campinense está na Série B do Brasileiro e a Paraíba finalmente tem um representante que ascendeu após bater na trave por cinco anos consecutivos.
Maior Clássico
O Treze, este é o principal rival do Campinense. O "clássico dos maiorais", como se chama o confronto entre ambos, tem levado milhares de torcedores aos estádios, merecendo destaque na mída nacional.
Títulos
Taça Campina Grande: 1967, 1985 e 1996
Taça Prefeito Ronaldo Cunha Lima: 1969
Torneio Rio Grande do Norte/Paraíba: 1962
Torneio Mistão: 1970
Copa Paraiba: 1973
Torneio Heleno Nunes: 1977
Taça ACEC: 1981
Torneio Nabuco Barreto: 1973
Taça Governador Guilherme Palmeira em Maceió: 1981
Campeonato Estadual Sub-21: 2006
Taça Campina Grande Sub-23: 1963, 1964, 1965, 1969, 1970, 1971, 1974, 1987 e 1991
Vice-campeonatos mais importantes:
Vice-campeão Brasileiro da Segunda Divisão de 1972
Vice-campeão do Norte-Nordeste da Taça Brasil de 1962
Vice-campeão do Nordeste da Taça Brasil de 1961 e 1965
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