quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pocinhos


Construção da linha em 1922 desativada em seguida


Por muitos anos, desde os anos 1920, a cidade de Pocinhos esteve destinada a ser passagem da linha que ligaria a Paraíba ao Ceará (E. F. Ceará-Paraíba). Em 1922, havia intensas obras da ferrovia na região, abandonadas logo em seguida. Quem cuidava na época de boa parte das ferrovias do Nordeste, inclusive dali, era o IFOCS (Instituto Federal de Obras contra as Secas) e a ferrovia ali estava sendo contruída não somente como ligação dos dois Estados como também para facilitar a construção dos diversos açudes no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte que também estavam sendo construídos na época. Com o abandono do projeto todo por Artur Bernardes, Presidente da República empossado em novembro de 1922, alegando falta de dinheiro, a ligação tamém parou, sendo retomada somente nos anos 1950, porém, não a ligando Alagoa Grande a Pocinhos, como seria em 1922, mas sim Campina Grande a Pocinhos, e dali a Patos, onde a ferrovia já estava desde os anos 1920. A estação de Pocinhos foi inaugurada em 1954 pela RFN, na ligação ferroviária Patos-Campina Grande. Por muito tempo a estação serviu de parada para passageiros no ramal de Campina Grande. Também era por ela que se exportava o maior produto da região, o sisal, para o porto de Cabedelo, proporcionando inúmeros benefícios para a cidade de Pocinhos. Infelizmente depois da privatização da RFFSA em 1997, o produto não pôde ser mais exportado através da estação. A estação é semelhante estruturalmente com as estações de Puxinanã, Soledade e Juazeirinho. A estação de Pocinhos foi desativada na década de 1990, pela RFFSA. O prédio hoje serve como moradia. A vila ferroviária também está de pé. Já o armazém está em ruínas, sem o teto (2006). A estação serviu de cenário no final do filme "Cinema, Aspirinas e Urubus", de 2005, ambientado, entre outros locais, em Pocinhos. Com três erros históricos graves: em 1942, nem a estação existia, nem havia linha ali, nem o trem poderia ir dali a Fortaleza (como aparecia no filme), nem a Great Western tonha locomotivas diesel (nessa época de 1942, apenas a VFFLB, na Bahia, as possuía no Brasil). Além do mais, a pintura não condiz com nenhuma pintura da GWBR, sendo esta uma pintura moderna.

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