Enorme lajedo na Serra Velha em Ingá.
Açude José Rodrigues em Galante visto do alto da Serra do Bodopitá em Fagundes.
Matacão sobre a Serra em Fagundes.
A famosa Pedra de Santo Antonio
A Pedra de Santo Antonio ao fundo na subida da Serra do Bodopitá
A Serra de Santo Antonio (nomeclatura recebida em Fagundes).
A Serra de Santo Antonio (nomeclatura recebida em Fagundes).
Serra Velha (nomeclatura que recebe entre Ingá e Itatuba).
Conhece como Serra do Bodopitá a cordilheira que nasce, seguindo o sentido oeste-leste, na margem esquerda do riacho Bodocongó, limite entre os municípios de Caturité e queimadas, e se estende até a localidade de Serra Velha, que serve de limite territorial entre Itatuba e Ingá. A cadeia de serras alonga-se, continuamente, por aproximadamente 45 km, cuja única falha geológica se apresenta em forma de boqueirão na cidade de Queimadas, oportunidade esta por onde a BR 104 foi aberta.
A Serra encontra-se compreendida no quadrante de coordenadas; 7º 15’ de latitude sul e 35º 45’ de longitude oeste.
Em toda sua extensão, de oeste a leste, a referida serra recebe nomenclaturas locais diferenciadas, que são: Serra de Bodopitá, do Gravatá, do Bico, do Castanho, do Zumbi, de Laranjeiras, de Santo Antonio, da Catuama e, por fim, Serra Velha (entre Ingá e Itatuba). Ergue-se a uns 400/600 metros acima do nível do mar e trata-se de um “stock” granítico aflorado e desnudo por erosão diferencial, provavelmente de origem pré-cambriana.
Nesta unidade geomorfológica, onde aflora a Serra do Bodopitá, a rede hidrográfica é caracterizada por rios temporários, geralmente de regime torrencial na época das chuvas.
Com exceção de sua parte que corresponde aos quatro quilômetros de seu extremo leste, denominada de Serra Velha, todo o restante da cordilheira está sobre o Planalto da Borborema. Nesta localidade, nas fraldas orientais do Planalto da Borborema, onde se encontra os municípios de Itatuba, ao sul, e Ingá, ao norte, a ordem de superfície está em torno de 200 metros acima do nível do mar e a serra apresenta-se aparentemente mais alta. No entanto, sua altitude permanece com a mesma variante verificada em sua faixa soerguida no platô da Borborema, onde a ordem de superfície é de aproximadamente 400m.
Na Serra, a vegetação, apresenta-se do tipo subcaducifólia, com espécies xerófilas de caatinga. Contudo, devido à altitude, verificam-se algumas espécies características da mata úmida do Brejo e plantas domésticas, sejam exóticas ou nativas, nas regiões da Serra onde existem povoamentos.
A fauna ainda existente nesta cordilheira limita-se a pequenos animais, entre pássaros, preás, mocós (especialmente nas áreas de lajedos), lagartos, serpentes e sagüis, cuja extinção está em marcha acelerada devido ao desmatamento e a caça predatória. Em algumas porções da Serra, verifica-se atividade criatória extensiva de caprinos e bovinos.
O clima da região por onde se estende a Serra é do tipo tropical quente-úmido ao leste se tornando semi-árido ao oeste, quando se aproxima do Cariri, com índice pluviométrico em torno de 500mm/ano, a temperatura média gira em torno de 26o C.
Os matacões são freqüentes na extensão da Serra e,devido a condição desnuda do solo, são susceptíveis a rolarem por causa da acelerada erosão na base e apoio destes magníficos monumentos da geologia. O fato de boa parte da Serra apresentar núcleos urbanos em sua base, estes matacões, cujo ponto de equilíbrio apresenta-se em franca erosão. Todavia, são também estes bizarros matacões que dão à Serra um aspecto pitoresco e peculiar.
Paisagística
Formando um paredão natural de divisa para os municípios de Campina Grande, queimadas, Fagundes, Itatuba e Ingá, a Serra do Bodopitá oferece uma bela paisagística, principalmente pelos seus inúmeros blocos de rocha compactos, de feições esféricas, equilibradas em pequenos pontos de sustentação, formados pelos efeitos térmicos acompanhados dos fenômenos de hidratação, denominação pela geologia de bouders ou matacões.
Além da existência de dezenas de matacões de tamanhos e formas variadas, a Serra apresenta, em seu cume e vertentes, incontáveis cavidades naturais e locas formadas pela sobreposição de blocos, algumas destas localidades apresentam vestígios da passagem de homens pré-históricos.
Ao reter as chuvas por causa e sua altitude, a Serra provoca importantes efeitos morfoclimáticos no interior da bacia do Paraíba. Por causa dessa retenção, a Serra apresenta-se úmida em suas partes mais altas, como um brejo, proporcionando nascentes a inúmeros pequenos riachos. Estas características, juntamente com a fertilidade relativa do solo, parecem ter sido a razão da antiga denominação “Brejo de Fagundes” para sua porção compreendida entre as localidades de Laranjeiras e Serra Velha.
Dentre os matacões presentes na serra o que mais se destaca sem dúvidas é a famosa Pedra de Santo Antônio. Trata-se de um ciclóptico matacão granítico, chegando a medir 15 metros de altura por 8 de largura, cuja sua magnitude apresenta total destaque na paisagística da Serra, em toda sua extensão. Visto a quilômetros de distancia, inclusiva da cidade de Campina Grande, pode-se avistar o majestoso bloco granítico. Fica a uma altitude de 672 metros acima do nível do mar. De importância cultural, religiosa e econômica para a comunidade fagundense, pois se trata e um local de peregrinação cristã desde fins do século XIX em virtude de uma lenda relacionada a uma imagem de Santo Antonio, o qual se encontrou uma imagem de Santo Antônio na rocha.
A Serra encontra-se compreendida no quadrante de coordenadas; 7º 15’ de latitude sul e 35º 45’ de longitude oeste.
Em toda sua extensão, de oeste a leste, a referida serra recebe nomenclaturas locais diferenciadas, que são: Serra de Bodopitá, do Gravatá, do Bico, do Castanho, do Zumbi, de Laranjeiras, de Santo Antonio, da Catuama e, por fim, Serra Velha (entre Ingá e Itatuba). Ergue-se a uns 400/600 metros acima do nível do mar e trata-se de um “stock” granítico aflorado e desnudo por erosão diferencial, provavelmente de origem pré-cambriana.
Nesta unidade geomorfológica, onde aflora a Serra do Bodopitá, a rede hidrográfica é caracterizada por rios temporários, geralmente de regime torrencial na época das chuvas.
Com exceção de sua parte que corresponde aos quatro quilômetros de seu extremo leste, denominada de Serra Velha, todo o restante da cordilheira está sobre o Planalto da Borborema. Nesta localidade, nas fraldas orientais do Planalto da Borborema, onde se encontra os municípios de Itatuba, ao sul, e Ingá, ao norte, a ordem de superfície está em torno de 200 metros acima do nível do mar e a serra apresenta-se aparentemente mais alta. No entanto, sua altitude permanece com a mesma variante verificada em sua faixa soerguida no platô da Borborema, onde a ordem de superfície é de aproximadamente 400m.
Na Serra, a vegetação, apresenta-se do tipo subcaducifólia, com espécies xerófilas de caatinga. Contudo, devido à altitude, verificam-se algumas espécies características da mata úmida do Brejo e plantas domésticas, sejam exóticas ou nativas, nas regiões da Serra onde existem povoamentos.
A fauna ainda existente nesta cordilheira limita-se a pequenos animais, entre pássaros, preás, mocós (especialmente nas áreas de lajedos), lagartos, serpentes e sagüis, cuja extinção está em marcha acelerada devido ao desmatamento e a caça predatória. Em algumas porções da Serra, verifica-se atividade criatória extensiva de caprinos e bovinos.
O clima da região por onde se estende a Serra é do tipo tropical quente-úmido ao leste se tornando semi-árido ao oeste, quando se aproxima do Cariri, com índice pluviométrico em torno de 500mm/ano, a temperatura média gira em torno de 26o C.
Os matacões são freqüentes na extensão da Serra e,devido a condição desnuda do solo, são susceptíveis a rolarem por causa da acelerada erosão na base e apoio destes magníficos monumentos da geologia. O fato de boa parte da Serra apresentar núcleos urbanos em sua base, estes matacões, cujo ponto de equilíbrio apresenta-se em franca erosão. Todavia, são também estes bizarros matacões que dão à Serra um aspecto pitoresco e peculiar.
Paisagística
Formando um paredão natural de divisa para os municípios de Campina Grande, queimadas, Fagundes, Itatuba e Ingá, a Serra do Bodopitá oferece uma bela paisagística, principalmente pelos seus inúmeros blocos de rocha compactos, de feições esféricas, equilibradas em pequenos pontos de sustentação, formados pelos efeitos térmicos acompanhados dos fenômenos de hidratação, denominação pela geologia de bouders ou matacões.
Além da existência de dezenas de matacões de tamanhos e formas variadas, a Serra apresenta, em seu cume e vertentes, incontáveis cavidades naturais e locas formadas pela sobreposição de blocos, algumas destas localidades apresentam vestígios da passagem de homens pré-históricos.
Ao reter as chuvas por causa e sua altitude, a Serra provoca importantes efeitos morfoclimáticos no interior da bacia do Paraíba. Por causa dessa retenção, a Serra apresenta-se úmida em suas partes mais altas, como um brejo, proporcionando nascentes a inúmeros pequenos riachos. Estas características, juntamente com a fertilidade relativa do solo, parecem ter sido a razão da antiga denominação “Brejo de Fagundes” para sua porção compreendida entre as localidades de Laranjeiras e Serra Velha.
Dentre os matacões presentes na serra o que mais se destaca sem dúvidas é a famosa Pedra de Santo Antônio. Trata-se de um ciclóptico matacão granítico, chegando a medir 15 metros de altura por 8 de largura, cuja sua magnitude apresenta total destaque na paisagística da Serra, em toda sua extensão. Visto a quilômetros de distancia, inclusiva da cidade de Campina Grande, pode-se avistar o majestoso bloco granítico. Fica a uma altitude de 672 metros acima do nível do mar. De importância cultural, religiosa e econômica para a comunidade fagundense, pois se trata e um local de peregrinação cristã desde fins do século XIX em virtude de uma lenda relacionada a uma imagem de Santo Antonio, o qual se encontrou uma imagem de Santo Antônio na rocha.
Ecoturismo na Serra Velha
Quem acha que os atrativos do Ingá se resumem à beleza e aos mistérios da pedra, ainda não conhece a Serra Velha. Venha se aventurar nas trilhas que conduzem ao passado e desfrute de uma paisagem única,do alto de seus 655 metros a vista é um deleite para os olhos. Conheça suas lendas, seu povo e percorra o caminho das pedras.
Serra Velha: Acervo histórico e arqueológico
A Serra de Bodopitá possui 45km de extensão e está entre os municípios de Queimadas e Itatuba. No trecho compreendido entre os municípios de Ingá e Itatuba, ela recebe a denominação de Serra Velha, lugar que vem há muito tempo nos chamando a atenção, devido a suas exuberantes formações rochosas e por seu abundante acervo histórico e arqueológico.
Essa cadeia de Montanhas do planalto da Borborema foi palco de vários acontecimentos da Pré-História e da História de nossa região. Os documentos que comprovam esse fato não se encontram em museus ou bibliotecas, mas estão lá, gravados nas rochas e na memória de seus habitantes. Pessoas simples, humildes e trabalhadoras, que quando perguntadas a respeito de tais testemunhos não fazem a menor cerimônia em exibir ou até mesmo contar histórias e lendas, vividas ou repassadas por seus ancestrais.
Suas furnas serviram de abrigo para os índios, como também refúgio para cangaceiros como o famoso Antônio Silvino, que segundo moradores, esteve por lá. É muito comum ouvir histórias fantasiosas sobre luzes misteriosas, pedras encantadas que se abrem e até mesmo espíritos que vem para oferecer as “lendárias” botijas. Em 1996 uma equipe do Centro Paraibano de Ufologia CPB-UFO juntamente com uma equipe do exército, esteve na Pedra da Janela em busca de pistas sobre luzes que segundo a Sra. Marina da Silva, (moradora da Serra), apareciam todas as noites. Nesta mesma investida os pesquisadores constataram que o lugar possui grande quantidade de minério de ferro.
No ano seguinte iniciei minhas buscas por vestígios arqueológicos juntamente com meu primo Lúcio Farias, e recebemos a informação de um morador local que dizia respeito a uma suposta furna, cheia de ossos de “índios brabos”. Prontamente fomos averiguar a veracidade das informações, mas na ocasião não encontramos os supostos ossos, mas sim uma moeda muito antiga nos escuros e profundos corredores da furna, que fora descoberta por um caçador, quando sua presa caíra num buraco. Na mesma ocasião, fomos informados sobre um morador que havia encontrado em seu roçado um “pote de barro cheio de ossos dentro”. Encontramos o humilde Sr. José Felismino, que nos contou tudo sobre o fato. Segundo ele, enquanto usava o cultivador, viu aflorar um pote de barro, que foi em parte quebrado pelo impacto com o arado. Ele desenterrou o restante e observou que dentro do pote haviam “ossos de gente”. Ele guardou o achado numa casa de farinha, mais tarde o quebrou e jogou fora. Esse fato foi muito lamentado por nós. Na oportunidade, tentamos convencer o agricultor a lembrar-se onde porventura ele haveria jogado os restos da suposta urna funerária, porém sem sucesso.
Infelizmente fatos como esse são comuns dada a falta de informação da maioria da população, que cada vez mais comprometem irreparavelmente os estudos da Pré-História regional.
Essa cadeia de Montanhas do planalto da Borborema foi palco de vários acontecimentos da Pré-História e da História de nossa região. Os documentos que comprovam esse fato não se encontram em museus ou bibliotecas, mas estão lá, gravados nas rochas e na memória de seus habitantes. Pessoas simples, humildes e trabalhadoras, que quando perguntadas a respeito de tais testemunhos não fazem a menor cerimônia em exibir ou até mesmo contar histórias e lendas, vividas ou repassadas por seus ancestrais.
Suas furnas serviram de abrigo para os índios, como também refúgio para cangaceiros como o famoso Antônio Silvino, que segundo moradores, esteve por lá. É muito comum ouvir histórias fantasiosas sobre luzes misteriosas, pedras encantadas que se abrem e até mesmo espíritos que vem para oferecer as “lendárias” botijas. Em 1996 uma equipe do Centro Paraibano de Ufologia CPB-UFO juntamente com uma equipe do exército, esteve na Pedra da Janela em busca de pistas sobre luzes que segundo a Sra. Marina da Silva, (moradora da Serra), apareciam todas as noites. Nesta mesma investida os pesquisadores constataram que o lugar possui grande quantidade de minério de ferro.
No ano seguinte iniciei minhas buscas por vestígios arqueológicos juntamente com meu primo Lúcio Farias, e recebemos a informação de um morador local que dizia respeito a uma suposta furna, cheia de ossos de “índios brabos”. Prontamente fomos averiguar a veracidade das informações, mas na ocasião não encontramos os supostos ossos, mas sim uma moeda muito antiga nos escuros e profundos corredores da furna, que fora descoberta por um caçador, quando sua presa caíra num buraco. Na mesma ocasião, fomos informados sobre um morador que havia encontrado em seu roçado um “pote de barro cheio de ossos dentro”. Encontramos o humilde Sr. José Felismino, que nos contou tudo sobre o fato. Segundo ele, enquanto usava o cultivador, viu aflorar um pote de barro, que foi em parte quebrado pelo impacto com o arado. Ele desenterrou o restante e observou que dentro do pote haviam “ossos de gente”. Ele guardou o achado numa casa de farinha, mais tarde o quebrou e jogou fora. Esse fato foi muito lamentado por nós. Na oportunidade, tentamos convencer o agricultor a lembrar-se onde porventura ele haveria jogado os restos da suposta urna funerária, porém sem sucesso.
Infelizmente fatos como esse são comuns dada a falta de informação da maioria da população, que cada vez mais comprometem irreparavelmente os estudos da Pré-História regional.
Fontes: A Serra de Bodopitá: pesquisas arqueológicas na Paraíba. Vanderlei de Brito. (2006).
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