Igaçaba decorada encontrada em 1933 na Serra da Caxexa.Por Thomas Bruno Oliveira
Durante a aurora dos tempos, o homem viveu sempre em incessante busca para melhorar suas condições de sobrevivência, criando artefatos e ferramentas que viesse a auxiliá-lo em suas mais diversas atividades. Com o revolucionário domínio do fogo, a humanidade ganha uma importante arma para proteger-se, para se aquecer, como utensílio. Sendo esta responsável por uma revolução tanto na sua dieta quanto na sua vida diária, pois os alimentos poderiam ser cozidos juntos (aumentando seu poder de nutrição) e a noite passa a não ser mais uma ameaça e sim uma novidade. Este tempo noturno torna-se extra, onde reunido ao redor das fogueiras o grupo está livre da batalha diária pela sobrevivência, tempo para divagar, onde as relações pessoais são favorecidas. A domesticação do fogo é também responsável por ‘abrir portas’ para a fundição de metais e o cozimento da argila, que é um meio fácil e de matéria-prima abundante, para se construir objetos e utensílios.
Não se sabe ao certo de que forma isto ocorreu, mas o homem descobre que a argila sob a ação do calor torna-se uma placa resistente, impermeável e segura; com esta descoberta, ele passa a produzir recipientes cerâmicos, inicialmente revestindo cestarias – hipótese levantada pelo antropólogo Karl von den Steinen e, posteriormente, defendida pela pesquisadora Gabriela Martin da UFPE – e produzindo reservatórios modelando com os dedos pequenos torrões de argila. Posteriormente, foi desenvolvida a técnica de acordelamento, que consiste em enrolar tiras de barro circularmente em forma de anéis, nos diâmetros desejados, uns sobre outros, dando forma as peças. Estes artefatos são produzidos inicialmente para o armazenamento de alimentos e água.
A partir dessa evolução tecnológica, a cerâmica passa, como afirma o arqueólogo Gordon Childe a reagir sobre o pensamento humano. Fazer um objeto cerâmico era um exemplo supremo da criação do homem, diferentemente de um artefato de pedra polida (que limitava o homem à matéria prima) a argila possui propriedades plásticas, que abre as possibilidades para a criação humana.
Por experimento ou por acaso, o advento da cerâmica foi de suma importância para o estabelecimento de grupos em aldeamentos agrícolas, contribuindo decisivamente para a concretização do sedentarismo. Hoje em dia, esta técnica está em decadência; apenas na construção civil em forma de telha e tijolo, a cerâmica ainda persiste e os artigos cerâmicos que figuram nas residências são, em sua maioria, adornos artesanais, em oposição à finalidade prática de seu surgimento.
Não se sabe ao certo de que forma isto ocorreu, mas o homem descobre que a argila sob a ação do calor torna-se uma placa resistente, impermeável e segura; com esta descoberta, ele passa a produzir recipientes cerâmicos, inicialmente revestindo cestarias – hipótese levantada pelo antropólogo Karl von den Steinen e, posteriormente, defendida pela pesquisadora Gabriela Martin da UFPE – e produzindo reservatórios modelando com os dedos pequenos torrões de argila. Posteriormente, foi desenvolvida a técnica de acordelamento, que consiste em enrolar tiras de barro circularmente em forma de anéis, nos diâmetros desejados, uns sobre outros, dando forma as peças. Estes artefatos são produzidos inicialmente para o armazenamento de alimentos e água.
A partir dessa evolução tecnológica, a cerâmica passa, como afirma o arqueólogo Gordon Childe a reagir sobre o pensamento humano. Fazer um objeto cerâmico era um exemplo supremo da criação do homem, diferentemente de um artefato de pedra polida (que limitava o homem à matéria prima) a argila possui propriedades plásticas, que abre as possibilidades para a criação humana.
Por experimento ou por acaso, o advento da cerâmica foi de suma importância para o estabelecimento de grupos em aldeamentos agrícolas, contribuindo decisivamente para a concretização do sedentarismo. Hoje em dia, esta técnica está em decadência; apenas na construção civil em forma de telha e tijolo, a cerâmica ainda persiste e os artigos cerâmicos que figuram nas residências são, em sua maioria, adornos artesanais, em oposição à finalidade prática de seu surgimento.
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