Por Thomas Bruno Oliveira*
O sítio arqueológico Poção, é um conjunto de grandes blocos rochosos contendo gravuras rupestres localizado a 7 km da zona urbana do município paraibano de Serra Branca, na microrregião do Cariri Ocidental, mais precisamente na localidade Poção, nas proximidades da residência do Sr. Daé Borba.
É composto de um conjunto de desmedidos blocos graníticos que talvez tenham desfraldado-se de um enorme batólito por efeitos tectônicos ou mesmo térmicos. Seu dorso é relativamente plano e fica à 6m do solo, acessível por pedras menores provendo degraus, facilitando a subida sem que seja necessário qualquer tipo de equipamento especial para escalada.
Seu testemunho rupestre é composto de inúmeras gravuras realizadas sob técnica monocrômica. São gravuras apenas raspadas e pouco profundas em um painel horizontal de grande proporção, contendo curiosos conjuntos de círculos concêntricos e diversas formas onduladas ora em forma de correntes, ora formando ondas simétricas. Testemunha-se também a presença de um conjunto de capsulares que dão a impressão de pontilhar algum desenho que porventura seria produzido. Neste conjunto, nota-se uma maior profundidade que pode chegar a 2mm.
As gravuras que mais intrigam neste sítio são duas linhas paralelas que cruzam o lajedo de sul a norte. São semelhante a trilhos, dividindo o painel rupestre de maneira distinta em dois conjuntos, em seu lado esquerdo o painel está configurado com diversos símbolos num amplo espaço, de forma bem difusa (nele encontramos o grupo de capsulares descrito anteriormente) e do lado direito há uma concentração de símbolos em um curto espaço, bem rente às linhas, com a predominância dos círculos concêntricos.
Observando-o de sul a norte, nota-se que estas linhas formam um caminho imaginário que seguindo em linha reta terá como destino a Serra do Jatobá, um dos monumentos mais interessantes do relevo da região, visível num raio de aproximadamente 80km. Esta serra abriga além de várias lagoas uma grande quantidade da espécie arbórea da família das leguminosas (Hymenaea courbaril) conhecida por Jatobá, cujo poderio medicinal é bastante conhecido. Seriam estas linhas alguma indicação do relevo ou mesmo de reserva hídrica? Que queriam dizer os nossos primitivos que gravaram aqueles incomensuráveis blocos? Certo mesmo é que não é comum na região do Cariri Ocidental existir sítios de gravuras rupestres gravados em piso e com a técnica monocrômica, levando-nos a sugerir uma intrusão cultural naquela região.
É composto de um conjunto de desmedidos blocos graníticos que talvez tenham desfraldado-se de um enorme batólito por efeitos tectônicos ou mesmo térmicos. Seu dorso é relativamente plano e fica à 6m do solo, acessível por pedras menores provendo degraus, facilitando a subida sem que seja necessário qualquer tipo de equipamento especial para escalada.
Seu testemunho rupestre é composto de inúmeras gravuras realizadas sob técnica monocrômica. São gravuras apenas raspadas e pouco profundas em um painel horizontal de grande proporção, contendo curiosos conjuntos de círculos concêntricos e diversas formas onduladas ora em forma de correntes, ora formando ondas simétricas. Testemunha-se também a presença de um conjunto de capsulares que dão a impressão de pontilhar algum desenho que porventura seria produzido. Neste conjunto, nota-se uma maior profundidade que pode chegar a 2mm.
As gravuras que mais intrigam neste sítio são duas linhas paralelas que cruzam o lajedo de sul a norte. São semelhante a trilhos, dividindo o painel rupestre de maneira distinta em dois conjuntos, em seu lado esquerdo o painel está configurado com diversos símbolos num amplo espaço, de forma bem difusa (nele encontramos o grupo de capsulares descrito anteriormente) e do lado direito há uma concentração de símbolos em um curto espaço, bem rente às linhas, com a predominância dos círculos concêntricos.
Observando-o de sul a norte, nota-se que estas linhas formam um caminho imaginário que seguindo em linha reta terá como destino a Serra do Jatobá, um dos monumentos mais interessantes do relevo da região, visível num raio de aproximadamente 80km. Esta serra abriga além de várias lagoas uma grande quantidade da espécie arbórea da família das leguminosas (Hymenaea courbaril) conhecida por Jatobá, cujo poderio medicinal é bastante conhecido. Seriam estas linhas alguma indicação do relevo ou mesmo de reserva hídrica? Que queriam dizer os nossos primitivos que gravaram aqueles incomensuráveis blocos? Certo mesmo é que não é comum na região do Cariri Ocidental existir sítios de gravuras rupestres gravados em piso e com a técnica monocrômica, levando-nos a sugerir uma intrusão cultural naquela região.
*História - UEPB Membro da Sociedade Paraibana de Arqueologia – SPA do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arqueologia Histórica e Industrial – GEPAHI e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e dos Povos Indígenas da UEPB - NEAB-Í. Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano - IHGC.
Fonte: http://www.brejo.com/b8/ler.coluna.php?ArtID=454
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